O Lar da Felicidade – Associação de Solidariedade Social vai inaugurar, este sábado, o projecto de habitação colaborativa, com 17 camas, em Meirinhas, no concelho de Pombal, distrito de Leiria, garantindo a autonomia e prestação de cuidados aos utentes.
Num investimento total superior a 800 mil euros, o projecto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por fundos próprios e tem como objectivo dar uma resposta inovadora no domínio do envelhecimento activo e da inclusão social, adiantou à agência Lusa a directora técnica, Cristina Ribeiro.
“A vantagem desta habitação colaborativa é mesmo a autonomia e a independência que as pessoas vão poder ter e não estarem confinadas a horários e às regras rígidas das instituições residenciais”, apontou a responsável.
Cristina Ribeiro constatou que quando a instituição particular de solidariedade social (IPSS) abriu estrutura residencial para idosos, há três anos, foram admitidos utentes que ainda tratavam das suas coisas em casa. Essa autonomia vai-se perdendo num lar. “Ao virem para uma estrutura residencial estão a prejudicar a sua própria mobilidade”, acrescentou, ao referir que manter a autonomia atrasa as dificuldades de mobilidade dos idosos.
A vantagem destas habitações colaborativas é, precisamente, terem “autonomia e acompanhamento 24 horas, com supervisão diária dos colaboradores da instituição”, sublinhou.
As residências, um T0 (uma pessoa), seis T1 (duas pessoas) e um T2 (quatro pessoas), num total de 17 camas, serão inauguradas este sábado, mas a resposta social só começará a funcionar em Julho, estando já garantidas cinco inscrições.
“A população-alvo destas residências são pessoas autónomas ou semiautónomas. Não podem estar muito dependentes, porque, no período nocturno, essencialmente, irão estar sozinhas nas suas habitações”, explicou Cristina Ribeiro.
No entanto, em cada cama existe um botão de alarme, que os residentes podem accionar e em poucos minutos os técnicos chegam ao local, uma vez que a estrutura residencial e a sede do Lar da Felicidade situam-se do outro lado do condomínio.
As habitações T1 e T2 podem ser partilhadas por casais, pessoas conhecidas ou desconhecidos, que não se importem de dividir o espaço.
Será criado um conselho de residentes, para elaborar um plano de actividades diário e semanal em conjunto e escolher o que plantar na horta comunitária prevista para os jardins do espaço.
Os residentes têm a opção de confeccionarem as suas refeições e tratarem da sua roupa ou de pedirem apoio.
“Esta resposta terá um técnico a 100% afecto a ela e terá disponível um assistente social, médico e enfermeiro”, informou Cristina Ribeiro, explicando que todos os serviços extra, como fisioterapia, cabeleireiro, tratamento de roupa ou refeições podem ser contratualizados à parte.
É possível reservar o salão polivalente da instituição para realizar almoços de família. A directora técnica reforçou que estar numa habitação colaborativa é idêntico a estar na sua habitação, mas com supervisão 24 horas.
LUSA
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