O título será “Para Onde caminhamos?” e foi escolhido por causa de uma crónica de opinião que escrevi há alguns anos e não por causa das eleições legislativas do passado mês de Maio. São algumas centenas de pensamentos sobre Portugal, o Território Regional, mas também sobre as nossas Terras de Sicó e, claro está, sobre Penela. São pensamentos sobre o papel dos cidadãos, sobre o nosso papel na relação com a Sociedade e com o Estado, para além de alguns textos de homenagem dedicados a nossos conterrâneos como o Dr. Paulo Varela Gomes, o Sr. Adriano Augusto Júlio ou o Dr. António Arnaut. É um livro que tenta mostrar a fragilidade, mas também a oportunidade de construir um Portugal melhor, se tivéssemos mais coragem para decidir, mais ambição para aplicar e mais lucidez para discutir.
Este (meu) livro é uma selecção de artigos que começaram a ser escritos em 2014 e se estendem por mais de uma década. Quis que ficassem nesta forma de livro para quem se interessar, sobre Portugal, o Território e a Cidadania, o possa fazer, lendo, concordando ou discordando, mas sobretudo reflectindo. Precisamos de tempo para pensar. Merecemos mais do que temos. Jamais nos devemos conformar com pouco porque essa mediocridade provoca atraso e esse atraso é contra o futuro e contra os nossos mais jovens. Esse atraso é contra a esperança e contra a ambição.
Como se constrói o Portugal que deixe de caminhar para a cauda da Europa, apesar de tantos milhões de Euros de ajuda, ou se reforma um Estado que serve mal e consome demasiado dinheiro? Não será certamente a fazer mais do mesmo. Será certamente com mudanças estruturais, as tais que todos falam e querem, desde que seja com os outros. Este livro também nos fala de lideranças. Das que precisamos muito nas nossas vilas e cidades, na nossa região e em Portugal, mas cuja tendência, por culpa de todos nós, é afastarem-se. Talvez este livro também seja uma pequena expiação do meu conformismo e da decisão de afastamento da vida pública. Esta é uma outra forma de exercer cidadania. Porventura, talvez seja também a consciência de que deveria deixar algo mais para quem estiver interessado em ler e em criticar. Porque os livros são também um meio para termos melhores debates e mais informação, mesmo que de opinião se trate.
Este é um livro que tem planos e sonhos. Não deviam ser sonhos porque sonhos é o que temos quando dormimos, deveriam ser práticas. A grande conclusão é que somos nós que fazemos a vida do nosso Portugal, o mais próximo, na nossa terra, e o mais longínquo que tem tudo para ser melhor se tivermos mais capacidade de decidir e arriscar. Mais coragem para mudar. Mais ambição para melhorar. É isto. Quero também aproveitar para agradecer a todos os que colaboraram para trazer este livro à luz do dia, nomeadamente ao Dr. Pedro Passos Coelho e ao Dr. José Pedro de Aguiar-Branco, por terem escrito o prefácio e o pósfacio.
Termino, informando que faremos, pelo menos, duas apresentações, uma em Coimbra, no Pavilhão Centro de Portugal, no dia 14 de Junho, sábado, às 17h00, e outra no Espinhal, na Casa da Família Oliveira Guimarães, no dia 19 de Junho, às 18h30. Estão todos convidados.
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