A freguesia de Avelar, veste-se de festa a partir de amanhã (7) e até 5 de Julho, para celebrar o 30.º aniversário da reelevação de Avelar à categoria de Vila, “um marco identitário para os avelarenses” e uma oportunidade para revisitar conquistas, homenagear os que contribuíram para o percurso da freguesia e lançar sementes para o futuro.
O programa é vasto, diverso e intergeracional, mas para Fernando Inácio Medeiros, presidente da Junta de Freguesia de Avelar, o mais importante é “não deixar perder nada daquilo que já conquistámos”. Ao TERRAS DE SICÓ sublinha que estas comemorações visam “recordar com eloquência a alma e a honra de ser avelarense” e celebrar “uma relação muito apaixonada entre o Avelar e a sua população”.
A Semana da Vila decorre entre 14 e 22 de Junho, mas o programa estende-se por praticamente um mês, numa edição que junta desporto, cultura, homenagens e inaugurações. “Este ano é extraordinário: estamos a fazer dois em um”, explica o autarca, referindo-se à integração das festividades da vila nas comemorações do seu 30.º aniversário.
Entre os momentos altos, destaca-se o dia 21 de Junho, data da relevação, com cerimónias oficiais, descerramento de uma placa toponímica em homenagem ao antigo presidente da Junta, António Fernando Calé “Barbosa”, e uma sessão solene evocativa. “Foi uma figura determinante na recuperação do estatuto de vila em 1995. Mesmo que a obra da nova rua ainda não esteja concluída, faremos questão de atribuir-lhe o nome”, garante Fernando Medeiros.
Outro dos pontos altos será a inauguração da obra de acessibilidade no edifício da Junta, no âmbito do programa PIEP (PRR), “uma intervenção que torna a nossa Junta mais acessível”, sublinha.
O presidente destaca ainda o projecto “Reflectir Avelar”, que será apresentado a 19 de Junho e que visa transformar um antigo espaço fabril num espaço multifunções, com áreas de co-working e uso comunitário. “Não é um museu têxtil como inicialmente pensado. Será algo que pode alavancar novas dinâmicas para o futuro de Avelar”, revela.
A memória tem também um lugar central nas celebrações, com a 8.ª edição da caminhada “Renascer das Cinzas”, a 17 de Junho, evocando os incêndios de 2017. “Somos provavelmente a única freguesia da região que relembra anualmente as vítimas. O Avelar foi um refúgio e o que aconteceu nunca pode ser esquecido”, afirma.
As comemorações encerram a 5 de Julho com a apresentação do livro Antigos Avelarenses, de Raul Coelho, e a cerimónia oficial de encerramento. Mas o verdadeiro encerramento, diz o autarca, “é a certeza de que o Avelar é hoje uma vila viva, orgulhosa e capaz de se reinventar sem esquecer de onde veio”.
“Saudade do Século XX”
Ainda neste âmbito, vila de Avelar prepara-se para uma viagem no tempo com a segunda edição do encontro “Saudade do Século XX”, marcada já para amanhã (7). A iniciativa, organizada pela Comissão de Amigos de Avelar, pretende reunir antigos residentes, amigos e professores que fizeram parte da vida da comunidade ao longo do século passado.
O evento tem início às 9h00, com concentração na Praça Costa Rêgo, seguindo-se visitas livres às antigas estruturas emblemáticas da vila, entre elas o hospital, a igreja, instalações desportivas e a sede da Sociedade Filarmónica Avelarense.
A iniciativa destaca-se por promover o reencontro de amizades forjadas no século XX, independentemente do local de residência actual dos participantes. A organização sublinha ainda a importância da presença de antigos professores e educadores de infância que leccionaram na região.
ANA LAURA DUARTE
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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