Em cerca de cinco meses, o programa ‘Radar Social’ em Alvaiázere sinalizou mais de uma centena de situações, adiantou ao TERRAS DE SICÓ a vereadora Ana Faria.

“Desde Dezembro passado e até esta semana, temos 125 sinalizações, das quais 75 realizações de avaliação social preliminar e prospectiva da situação sociofamiliar, 53 acções de informação e orientação da pessoa ou família, assegurando o seu encaminhamento para a rede de serviços de atendimento e acompanhamento social, e duas activações directas da rede de recursos locais”, precisou a autarca.

O ‘Radar Social’ consiste num programa que visa criar equipas dedicadas à identificação e acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade, abrangendo pessoas em situação de risco de pobreza, exclusão social ou discriminação em todas as suas dimensões. O objectivo principal é fornecer respostas personalizadas e adequadas a cada situação, garantindo a integração e o acompanhamento adequado na rede de apoio social.

A candidatura da Alvaiázere àquele programa, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi aprovado no ano passado, com um investimento total de 165.000 euros e estará em vigor até Março do próximo ano.

“O ‘Radar Social’ foi um projecto que nos chegou precisamente na perspectiva da geo-referenciação das pessoas que estão em maior isolamento. Não especificamente idosos, mas de todos aqueles que estão em isolamento ou que estão, de alguma forma, com alguma limitação social”, detalha Ana Faria, sublinhando que para além da sinalização das situações e partilha de informação com os serviços da Segurança Social, “o trabalho tem sido também numa perspectiva de encontrar respostas sociais para essas pessoas”.

A vereadora realça o papel colaborante das IPSS´s do concelho, “que funcionam como uma fonte de resposta social”, mas igualmente das juntas de freguesia, das farmácias, da GNR e da própria comunidade, pois, “qualquer pessoa que vive no concelho de Alvaiázere pode sinalizar ao ‘Radar Social’ que conhece um caso, conhece uma pessoa que vive numa situação de maior vulnerabilidade”.

Ana Faria reforça que o programa “não tem como função dar a resposta social, mas, na realidade, trabalhamos muito intrinsecamente entre o ‘Radar’ e a nossa Equipa de Acção Social, no sentido de tentarmos, o mais rápido possível, encontrar uma resposta social para pessoas que dela necessitam”.

A autarquia prossegue o propósito de assegurar que “ninguém seja deixado para trás”, oferecendo soluções para suprir necessidades e “promover o desenvolvimento de uma comunidade mais inclusiva e solidária”.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]