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Penela: “Cultura vai à rua” e transforma aldeias do concelho num palco comunitário

17 de Abril 2025

E se a Primavera tivesse banda sonora? Em Penela, parece ter: começou em modo coral com Celina da Piedade e vai ganhando ritmo até Agosto, com teatro de marionetas, contos tradicionais e cinema ao ar livre. O projecto “A Cultura Vai à Rua”, promovido pela Companhia da Chanca, está de volta para transformar praças, igrejas e largos das aldeias do concelho em palcos vibrantes, cheios de vida, gargalhadas e memórias.

A proposta é simples: levar arte onde ela nem sempre chega e lembrar que os encontros mais bonitos acontecem fora de portas, com pés assentes na calçada da aldeia e olhos bem abertos para o que a cultura tem para contar.

A estreia deste ano aconteceu no passado dia 5, na Igreja da Misericórdia, na vila de Penela, com uma tertúlia de Cante Alentejano liderada pela inconfundível Celina da Piedade, que repetiu a dose no dia seguinte em São Sebastião, puxando pela voz de todos, mesmo os mais tímidos.

Segue-se o sempre hilariante Teatro Dom Roberto, pelas mãos da companhia Os Valdevinos, no dia 11 de Maio, primeiro em Viavai e depois em Chainça. As histórias? Uma viagem no tempo à tradição das marionetas de luva que animavam feiras e largos, com direito a monstros, princesas e barulhentas gargalhadas em família.

A 24 e 25 de Maio é a vez de Jorge Serafim trazer o seu “Contopias”, um festim de contos orais com raízes espalhadas pelo mundo, mas com aquele tempero bem português. Fetais Cimeiros e o Espinhal vão acolher este contador de histórias que acredita que narrar é apagar fronteiras.

E como a imagem também conta, em Agosto há sessões de cinema ao ar livre com os cine-retratos “As Gentes e os Gestos”. Gravados em comércios locais, estes 12 pequenos filmes são um retrato fiel (e nada cor-de-rosa) da vida nas aldeias de Penela – com os seus silêncios, os seus gestos e as suas gentes. As exibições estão marcadas para os dias 2, 3 e 6 de Agosto, no Trilho, nas Taliscas e no Espinhal, sempre às 21h30.

Lançado pela Companhia da Chanca, sediada precisamente na aldeia que lhe dá o nome, o projecto conta com o apoio do Ministério da Cultura/DGArtes, do Município de Penela, da Casa Família Oliveira Guimarães e das juntas de freguesia do concelho. Desde 2015, André Louro e Catarina Santana, os fundadores da companhia, têm vindo a semear cultura com raízes no território e olhos postos no futuro, juntando gerações e promovendo um envelhecimento activo através da arte.

“A Cultura Vai à Rua” é mais do que um programa de animação: é um convite à comunidade para sair de casa, ocupar os espaços públicos, rir, escutar e criar laços. E, quem sabe, descobrir que a vida no campo pode ser tudo… menos aborrecida.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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