O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) considera “um ataque à biodiversidade e ao património natural” o projecto que prevê o abate de 40.000 carvalhos e mais de um milhar de sobreiros, “além de outros milhares de árvores e arbustos nativos”, para a construção de um parque fotovoltaico na freguesia de Ega, em Condeixa, exigindo “transparência e defesa do interesse público”.

O ADN realizou, ontem, uma “acção de denúncia” junto ao local da intervenção, com a presença de Joana Amaral Dias, figura destacada do partido e cabeça-de-lista por Lisboa nas legislativas de 18 de Maio, e de Sancho Antunes, que encabeçará a lista por Coimbra no mesmo sufrágio.

“A área visada é um ecossistema de valor incalculável, predominantemente composto por um extenso carvalhal de carvalho-português, com exemplares de diversos portes, onde se estima a existência de mais de 40.000 carvalhos. Este bosque mediterrânico abriga uma diversidade biológica notável, com espécies de flora como medronheiros, carrascos, sanguinhos, pilriteiros e gilbardeiras, que sustentam centenas de espécies de fauna. Além disso, pinheiros-mansos de grande porte e outros arbustos nativos estão igualmente ameaçados”, refere o partido em comunicado.

Para o ADN, “este parque fotovoltaico, classificado como de ‘interesse nacional’ pelo Governo, foi aprovado à revelia dos interesses das populações locais”, enquanto “o actual presidente da Câmara Municipal de Condeixa se limitou a receber um despacho ministerial que autoriza o abate de sobreiros, escondendo-se em normativas que favorecem corporações globalistas em detrimento do património natural e das comunidades”.