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Alvaiázere: Mário Bruno deixa comando dos Bombeiros Voluntários

5 de Abril 2025

Mário Bruno deixou, há uma semana, o comando dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, solicitando a passagem ao quadro de honra daquela associação humanitária.

“Tudo é um ciclo, tudo tem um começo e um fim, e agora chegou o meu ao fim. Estou há 20 anos nos Bombeiros, os últimos nove dos quais no comando”, recorda Mário Bruno.

O balanço de quase uma década na liderança do corpo activo “são os alvaiazerenses e os bombeiros que o têm de fazer, pois não vou estar a fazer um julgamento em casa própria, mas tenho a consciência tranquila, um sentimento de dever cumprido e um legado de obra, desde infra-estruturas e carros novos, um panorama de formação novo, mais bombeiros do que quando entrei, sendo um concelho que cada vez perde mais pessoas e onde eu consigo aumentar o número de bombeiros, bombeiros jovens, um corpo [activo] rejuvenescido, disciplinado e aprumado”, vinca ao TERRAS DE SICÓ.

A decisão de deixar o cargo surge depois de alguma contestação interna e pouco antes de uma assembleia-geral da associação humanitária em que cerca de 30 bombeiros, vários em funções de chefia, entregaram à direcção os seus capacetes em protesto contra o quadro de comando.

“Quem está em cargos de exposição como o de um comandante dos bombeiros, está sempre exposto a críticas e a contestação, não agradamos a todos, é impossível, e portanto o que importa é o bem-estar da corporação e da associação”, refere Mário Bruno, sublinhando ser “um pacificador, não um desagregador, e assim achei que esta era a melhor altura de sair”.

O agora ex-comandante admite que sai “magoado pela forma como as coisas foram feitas, poderiam ter acontecido de outra maneira, e acima de tudo, por quem foi feito”.

“Agora vou fazer o que mais gosto, que é estar com a minha família, que privei de milhares de horas do meu convívio, com muitas ausências, e vou dedicar-me a ela a tempo inteiro porque merece”, antecipa Mário Bruno.

Sucessão em marcha

Com o comandante de saída, o presidente da direcção daquela associação humanitária, Joaquim Simões, garante que a liderança do corpo activo está, interinamente, assegurada pelo segundo-comandante, Carlos Alves, e pelo adjunto de comando Nelson Santos, o que “nos dá também tempo para reflectirmos bem e analisar” a melhor escolha para a sucessão.

O dirigente adianta, contudo, já ter sido feito um convite para o cargo. “Se aceitar, penso que é uma mais-valia também para o comando. Trata-se de uma pessoa muito bem aceite dentro do corpo activo, com uma experiência de liderança muito boa e, repito, penso que será uma mais-valia para todos”, afirmou Joaquim Simões, ao TERRAS DE SICÓ, a meio desta semana, sem adiantar nomes.

Sobre o protesto das três dezenas de operacionais, o presidente da direcção considerou a decisão “extemporânea”, porque “se a preocupação deles era o comandante, a resposta estava dada” antecipadamente com a informação de que este tinha solicitado a passagem ao quadro de honra.

Perante a situação, e com os bombeiros visados a garantirem que “iriam cumprir a escala que já estava fixada para o mês de Abril”, Joaquim Simões mostra-se convicto de que “com mais algumas explicações e desenvolvimentos do que estamos a fazer, e que a direcção lhes irá comunicar, voltará a imperar o bom senso entre todos”.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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