A Câmara de Penela acaba de lançar o concurso público para a construção de um edifício, com 12 fogos, de habitação a custos controlados, num investimento de cerca de dois milhões de euros.
A abertura do procedimento, publicada esta sexta-feira (15) em Diário da República, estipula um preço base de 1,9 milhões de euros (mais IVA) e um prazo de execução de 420 dias para a construção do edifício na urbanização da Camela, na vila de Penela, num investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em declarações à agência Lusa, o presidente daquele município, Eduardo Santos realçou que o concelho “tem carências habitacionais fortes há muitos anos”, tendo a autarquia avançado com cinco projectos para construção de habitação a custos controlados, para arrendamento acessível.
“Estamos a falar de habitação para a classe média”, vincou o autarca.
Além deste investimento cujo concurso público é agora lançado, a Câmara vai levar a discussão na reunião do executivo na segunda-feira a proposta de adjudicação da construção de 18 fogos no Bairro de São Jorge, num investimento de cerca de 2,8 milhões de euros, referiu.
Segundo Eduardo Santos, faltam ainda lançar mais três concursos públicos – um outro edifício na urbanização da Camela, 25 fogos no Espinhal e seis fogos na freguesia da Cumeeira.
O autarca referiu que três das empreitadas são em terrenos municipais e as restantes em terrenos comprados pela Câmara de Penela, para libertar o máximo de orçamento possível para a construção.
De acordo com Eduardo Santos, há disponibilidade de habitações para reabilitar, mas faltam no concelho soluções imediatas de habitação.
“Quem venha trabalhar para uma indústria em Penela ou encontra um posto de trabalho quer uma casa pronta a habitar e essas, de facto, não existem, e as que existem são altamente procuradas”, notou, considerando que há falta de oferta no mercado de arrendamento.
O presidente da Câmara de Penela salientou que o PRR “é uma oportunidade única” que o município não poderia desperdiçar para dar resposta a um problema já há muito identificado.
“Pareceu-nos uma solução óptima e acreditamos que vai aumentar a atractividade do território, concedendo benefícios acessórios para pessoas que escolhem Penela para morar”, realçou.
Lusa
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