6 de Outubro de 2024 | Quinzenário Regional | Diário Online
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Alvaiázere recruta médicos e quer criar unidade de saúde familiar

20 de Setembro 2024

Alvaiázere pretende avançar com a candidatura à constituição de uma unidade de saúde familiar (USF) e, para isso, quer estabilizar o quadro clínico do centro de saúde local, pelo menos, com três médicos, o mínimo obrigatório para tal desiderato.

São conhecidas as dificuldades, a nível nacional, no recrutamento destes profissionais e, ciente disso, a autarquia avançou mesmo com incentivos que procuram atrai-los ao município, aprovando um regulamento municipal de apoio à fixação de médicos, que permite um complemento dos seus rendimentos de até 1.250 euros.

Na passada semana, entrou em funções uma nova médica, deixando o centro de saúde com três clínicos, mas um deles está à beira da aposentação.

“O dr. Bernardino [Silva], director do Centro de Saúde, está em fim de carreira, vai fazer 70 anos no próximo ano e, a partir daí, não poderá continuar como médico de família, porque atinge a idade limite legal para tal. Por isso, contamos, no decorrer dos próximos meses, conseguir mais um médico para termos então os necessários três médicos para fazer uma candidatura ao modelo USF, o que é também mais uma forma de atracção de profissionais de saúde, possibilitando-lhes, internamente, ter outro tipo de rendimentos”, explica o presidente da Câmara, João Paulo Guerreiro.

As USF são um modelo organizacional assente em equipas multiprofissionais, constituídas por médicos, enfermeiros e assistentes técnicos, que respondem com autonomia funcional e técnica às necessidades em saúde da população, valorizando as boas práticas clínicas e contribuindo para maior motivação dos profissionais e satisfação dos utentes.

“No início de 2023 percebemos que o concelho estava numa situação muito difícil, com cerca de 35% dos alvaiazerenses sem médico de família e tivemos que pôr mãos à obra, fazer um conjunto de démarches para tentar inverter a situação, quer junto das entidades nacionais, que são quem, em primeira instância, responde pela prestação de cuidados de saúde aos portugueses, e encetámos conversações quer com as estruturas dos organismos regionais, quer com o próprio governo, para tentarmos contrariar esta situação”, recorda o presidente da Câmara, João Paulo Guerreiro, convicto de que “estamos no bom caminho, mas não estamos ainda no ponto óptimo”.

O autarca frisa ainda que o apoio dado neste período por clínicos contratados pela Unidade Local de Saúde de Coimbra, a qual Alvaiázere integra, veio agilizar a resposta aos utentes.

“O horizonte agora está menos nublado do que estava há cerca de um ano e meio atrás quando começámos a intervir e a preocupar-nos mais com esta situação particular”, constata João Paulo Guerreiro.

Em Junho passado, presente na sessão solene do Dia do Concelho, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, havia assegurado que o problema da falta de médicos em Alvaiázere seria resolvido até ao final do corrente ano e garantiu não descansar “enquanto os médicos de família que combinámos trazer a esta população não estiverem cá”.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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