A empreitada de reabilitação do troço de perto de um quilómetro, entre o nó da auto-estrada A1, na zona do Casconho, e Paleão, em Soure, deve arrancar, finalmente, na próxima semana, num investimento municipal de 1,3 milhões de euros e um prazo de execução de um ano.
“A obra está com bastante atraso relativamente ao planeado. A ambição do município é que ela faça parte de uma obra maior que é uma ligação mais rápida da vila de Soure ao nó da auto-estrada. Projecto esse que mesmo com 10 anos de insistência e de várias tentativas nunca foi conseguido qualquer financiamento nacional ou comunitário para esta obra”, lamenta o presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes.
O autarca lembra que “vai fazer no próximo mês 10 anos que abriu o nó da A1 em Soure, não houve inauguração [pois] nenhum governo se atreveu a ser patrono de uma obra para o qual o concelho de Soure andou 20 anos a reivindicar. Agora vamos com 10 anos de reivindicação desse nó à vila”, revista.
Sem os milhões de euros necessários para um traçado de 6,5 km, a autarquia avançou para uma “situação de recurso”, investindo 1,3 milhões de euros, através de empréstimo bancário, num troço de 950 metros, “para melhoria significativa do pior troço que a antiga EN 348 apresenta”.
A estrada será objecto de “uma redefinição da plataforma rodoviária, ligadas por duas rotundas, uma do lado poente do nó da A1 e outra no início da parte mais acessível à localidade de Paleão, rotunda esta que ficará num ponto que vai permitir estudar e preparar novos lanços para uma posterior ligação a Soure sem passar por dentro de Paleão e Novos”, explica Mário Jorge Nunes.
“Para apressar esta obra, o Município propôs a todos os proprietários confinantes que cedessem os metros necessários para o alargamento da plataforma rodoviária e também para a construção de uma ciclovia paralela, bem como de uma via de acesso às propriedades rurais”, detalha o edil, sublinhando que o processo negocial com um prédio rústico então pertencente ao grupo Sonae “não foi fácil”, mas está resolvido, e houve ainda a necessidade de proceder a alguns ajustes no projecto, ‘culpa’ da reserva agrícola nacional.
Depois de concluída, a obra permitirá “uma entrada melhorada a quem visita Soure via A1 e mais do isso, é um motivo suficientemente forte para ambicionarmos num futuro mais rápido ver construída uma nova ligação a Soure”.
“Vamos executar este primeiro troço porque ele é importante também para o desenvolvimento da zona de Paleão, para onde há fortes probabilidades de investimento privado, quer na indústria quer no aproveitamento das antigas fábricas de Paleão para actividades empresariais”, frisa o autarca.
A obra tem um prazo de execução de um ano e foi adjudicada, após concurso público “a uma empresa da região, das mais fortes nesta área, o que nos dá garantias da sua exequibilidade e de poder ser concluída com sucesso”.
LUÍS CARLOS MELO
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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