A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vai implementar até ao final do ano, em sete municípios, um projecto inovador para transformar áreas florestais em campos de alimentos para abelhas, numa área superior a 13,5 hectares.
O projecto BeeFood, apresentado hoje em Serpins, no concelho da Lousã, visa criar campos de alimentação “não só para abelhas, mas para todas as espécies polinizadoras, recuperando espaços nos territórios para plantar flora que lhes seja apetecível”, explicou o presidente da CIM, Emílio Torrão.
Em declarações aos jornalistas, o dirigente acredita que com a instalação dos campos de alimentação se consegue “aumentar as polinizadoras e a produção de mel”, através do regresso do equilíbrio dos ecossistemas.
“A existência das polinizadoras é fundamental para a biodiversidade e para a preservação das espécies e da flora natural, sobretudo nos concelhos que são alvo de incêndios e com plantação intensiva do eucalipto e invasão de espécies exóticas”, sublinhou.
Para Emílio Torrão, que preside também ao município de Montemor-o-Velho, este projecto “é mais do que uma simples intervenção ambiental, sendo um importante passo para passar uma mensagem muito clara sobre a importância da preservação da biodiversidade e promoção da sustentabilidade ambiental”.
“Não é uma intervenção isolada, mas sim a continuidade dos nossos investimentos, nomeadamente o combate à vespa velutina (asiática), que prejudica muito e mata as espécies polinizadoras e tem provocado grandes perdas aos apicultores”, acrescentou.
O projecto BeeFood representa um investimento total de 63.242,34 euros, dos quais 50.000 euros são financiados pelo Fundo Ambiental, abrangendo um total de 13,63 hectares nos municípios da Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Penacova, Pampilhosa da Serra e Soure.
Lusa
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