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Soure: ‘Dias Templários’ levam recriação histórica ao Castelo a 23 e 24 de Março

17 de Março 2024

Doado aos Templários em 1128 e de seguida reformado, reza a história que o Castelo de Soure estava situado numa zona considerada estratégica: fronteira entre território cristão e muçulmano. No fim-de-semana de 23 e 24 de Março, a história de Soure volta a cruzar-se com a dos Cavaleiros da Ordem do Templo, altura em que a vila se veste a rigor para receber os “Dias Templários”, um evento que junta recriações históricas com o conhecimento científico e que assinala a data em que D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, doou a carismática edificação à Ordem dos Templários, há 896 anos.

A realização deste evento, promovido pela Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém (OPCTJ), pelo Município e pela Comenda Templária de Soure, tem como “objectivo valorizar o nosso património material e imaterial”, numa forma “de reconhecimento por todo o trabalho que temos vindo a desenvolver dentro desta temática”, revela a vereadora responsável pelo pelouro da Cultura, Teresa Pedrosa. Assim, a efeméride, que tem vindo a ser assinalada pela edilidade ao longo dos anos, procura “afirmar Soure como território de elevada importância histórica, cultural e militar para o tema ‘Templários’”, este ano com dois dias de celebrações.

Desta forma, as celebrações arrancam a 23 de Março, com uma verdadeira viagem no tempo, onde o Castelo de Soure regressa ao passado e se enche de múltiplas actividades de animação cultural, com destaque para a esgrima histórica, arco e besta, e danças medievais dinamizadas pela companhia Thomar Honoris. As actividades decorrem entre as 12h00 e as 18h00. Pelas 15h30, no Auditório Delfim Pinheiro, decorre “À Conversa com…”, uma iniciativa que junta vários convidados nas áreas da história, antropologia, cultura e turismo, que debatem, em ambiente de tertúlia, a temática dos Templários.

No domingo (24), as actividades iniciam-se logo pela manhã, com um espectáculo de aves de rapina, no adro do Castelo de Soure. No decorrer da recriação histórica, há ainda tempo para visitar a exposição de armas de cerco, ou participar dos divertidos jogos medievais, com a dinamização de exposição temática “Quotidiano Medieval Scriptorium e Oficina de Ferreiro”, sem esquecer a carreira de tiro, que promete uma experiencia única para miúdos e graúdos. As actividades decorrem entre as 10h00 e as 20h00.

E se a fome apertar, no local estarão presentes, durante os dois dias, várias tabernas e tasquinhas, onde se podem degustar algumas das iguarias mais tradicionais… e medievais.

De referir que nos dias que antecedem às festividades que assinalam os Dias Templários, o município de Soure preparou “uma acção informativa, que decorre de 18 a 22 de Março, dirigida aos alunos do Agrupamento de Escolas Martinho Árias, onde é dado destaque à história do Castelo de Soure e a sua ligação à Ordem do Templo, com figuração templária”, uma vez que “também é importante que os nossos jovens estejam cientes do valor patrimonial, e que se interessem pela história, dos seus territórios”, assegura.

Também a Galeria Municipal, localizada no Adro do Castelo de Soure, acolhe a exposição ‘Expodiabólica”, uma curiosa e admirável mostra de diabos que o investigador vimaranense Fernando Capela Miguel idealizou em desenho e que veio a materializar em peças de cerâmica, concretizadas por renomados oleiros de Barcelos. De entrada gratuita, a mostra pode ser visitada entre 20 de Março e 27 de Abril.

Ainda sobre a temática templária, Teresa Pedrosa dá conta de que a autarquia aguarda, “com elevadas expectativas”, o resultado de uma “candidatura apresentada à Turismo do Centro, em conjunto com Vila Nova da Barquinha, e que conta ainda com o apoio de municípios como o de Tomar e Pombal, para a criação de um produto turístico que englobe estas temáticas”, no fundo, trata-se de “um roteiro de dois ou três dias, com sugestões de passagem nestes municípios”. De acordo com a vereadora, “este procuto não será comercializado pelas autarquias, mas sim pelos operadores turísticos que tenham interesse em sugerir este roteiro aos seus clientes”, com o objectivo comum de “valorizar os territórios”.

ANA LAURA DUARTE

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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