A resistência e resiliência “como sobrevivência da Humanidade contra a opressão, o abuso, a má-educação, a estupidez, a demagogia, as notícias falsas, os radicalismos e fundamentalismos, as fobias religiosas/sexuais/sociais, os tribalismos/clubismos, a destruição ambiental” é o tema de mais uma edição da Bienal de Humor Luíz d´Oliveira Guimarães a realizar no Espinhal, com entrega dos trabalhos concorrentes a decorrer até 25 de Maio próximo e cerca de seis mil euros em prémios para atribuir.
A nona edição da iniciativa continua a ser uma organização conjunta da Câmara Municipal de Penela, Junta de Freguesia do Espinhal e Casa Família Oliveira Guimarães, tendo Osvaldo Macedo de Sousa como director artístico, numa produção da Humorgrafe.
Os promotores pretendem enfatizar “a importância do humor como arma da resiliência (a denúncia, a indignação, a irreverência) na pacificação dos conflitos com o sorriso da inteligência”.
“Nesta plêiade de resiliências que os artistas podem comentar, seja dos direitos humanos (racismo, xenofobia, bullying…), da política, do ambiente, da sociedade quotidiana não nos podemos esquecer também da resiliência de quem, em vez de fugir da sua terra, de emigrar para outros terrenos mais propícios, como a cidade, se mantém nas aldeias, nas serras, com a sua resiliência, sofrendo o abandono, a solidão”, destacam.
Os “artistas gráficos com humor, profissionais ou amadores” podem concorrer à bienal até 25 de Maio, enviando trabalhos em cartoon ou caricatura para os e-mails humorgrafe.oms@gmail.com, humorgrafe@hotmail.com ou humorgrafe_oms@yahoo.com.
As obras a concurso serão avaliadas por um júri de selecção prévia constituído por especialistas como Siri Dokken (Noruega), Kal-Kevin Kallaugher (Estados Unidos), Cheng Zhu (China), Agim Sulaj (Albânia) e Osvaldo Macedo de Sousa (Portugal), cujo resultado será então submetido a um júri final constituído pelos mesmos membros mais dois representantes da Câmara Municipal de Penela, um da Junta de Freguesia do Espinhal e um outro da Casa Família Oliveira Guimarães.
Os prémios para os três primeiros classificados terá o valor monetário de 2.000, 1.500 e 1.000 euros, respectivamente, sendo ainda atribuído um prémio de 1.200 euros à melhor caricatura, que nesta edição será sobre o cônsul Aristides Sousa Mendes, diplomata portuguesa que durante a II Guerra Mundial salvou mais de 30.000 vidas da perseguição nazi.
“A Bienal onde o humor não necessita de cores, apenas um sorriso, inteligência filosófica e uma cor simples e directa – o branco e negro e seus matizes (monocromáticos). Mais importante que os prémios é ter voz activa, expressar o seu humor, as suas ideias irreverentes em comunhão com a comunidade”, sublinha a organização.
Recorde-se que na última edição, em 2022, com a temática a versar os animais, o homem e o planeta, participaram criadores gráficos de 79 países, com mais de 500 obras. A vencedora na categoria de cartoon foi a artista iraniana Mahbooube Pakdel , com a obra “Aquecimento global”, enquanto na caricatura, o primeiro prémio foi arrebatado por Raul Grisales, com o nome artístico Guaico, da Colômbia, com o trabalho “Jane Goodall”.
A IX Bienal de Humor Luíz d’ Oliveira Guimarães — Espinhal/Penela 2024 será inaugurada no dia 31 de Agosto, no Centro Cultural do Espinhal.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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