Ferro-velho ao qual são aplicadas técnicas de engenharia transformam-se em peças de arte únicas, resultando numa exposição de esculturas que será inaugurada na quinta-feira, em Condeixa, anunciou aquele município.
As esculturas da autoria de Paulo Gouveia partem da reciclagem e o reaproveitamento de objectos de metal – porcas, parafusos, anilhas, ou roscas, entre outros – transformando-se em representações de meios de transporte, instrumentos e figuras musicais, santos e presépios, guerreiros medievais, ou animais e peças de decoração.
Intitulada “Metamorfose Mecânica”, a exposição é promovida pelo Museu PO.RO.S, em parceria com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), e “procura criar o diálogo entre a engenharia e a arte”, revelou a Câmara de Condeixa-a-Nova, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
“Estes dois mundos, aparentemente tão distantes, fundem-se subtilmente na escultura de Paulo Gouveia, que, com a sua sensibilidade, transforma objectos utilitários e sem qualquer valor simbólico em peças de arte únicas”, adiantou a autarquia.
O escultor, de 56 anos, nasceu em Lisboa, profissionalizou-se em electromecânica, emigrou para a Venezuela e, em 1999, regressou a Portugal, fixando-se na antiga freguesia de Covões, em Cantanhede.
Segundo a nota, Paulo Gouveia começou a transformar material reciclado em peças decorativas, usando o ferro-velho como principal matéria-prima e recorrendo à soldadura por eléctrodos.
“Este tipo de soldadura é um processo manual no qual uma fonte térmica desenvolve calor e provoca uma rápida fusão do material base e do eléctrodo (material de adição)”, explicou a autarquia.
Lusa
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