O primeiro presépio da história terá sido construído em 1223, em Greccio (Itália), por obra de São Francisco de Assis, e os 800 anos desse momento ainda hoje marcante para os católicos é evocado a partir de amanhã (16) na Igreja Matriz do Espinhal.
O presépio que aquele templo acolhe, ininterruptamente, há cerca de século e meio, pretende este ano assinalar a memorável na noite de Natal de 1223, na montanha de Greccio, e, por isso, “será melhorado”.
“Este é o verdadeiro presépio tradicional, tendo na cortiça uma das suas particularidades, mas também outros produtos naturais, como musgo e louro”, adianta José Antero, que há muitos anos o constrói com a ajuda de “uma grande equipa”.
Trata-se de um presépio amovível que é edificado anualmente, “nem durante a pandemia houve interregno”, e que conta com cerca de 300 figuras de barro, “algumas são esculturas de uma antiga cerâmica artística de Coimbra”.
Mas antes desta centenária construção que todos os anos atrai inúmeros visitantes à vila, a chega do presépio ao Espinhal data da segunda metade do século XV, estando perpetuado na igreja matriz, edificada naquela altura, em diversos retábulos erguidos em pedra de Ança.
“Toda a igreja está muito ligada ao presépio”, nota José Antero.
O presépio pode ser visitado, até 7 de Janeiro, nos horários do evento Penela Presépio, que inclui também um outro presépio, de maiores dimensões, no edifício do mercado municipal do Espinhal.
De acordo com José Antero, a igreja matriz estará aberta, a partir de amanhã, de segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00, e aos fins-de-semana das 10h00 às 20h00, encerrando mais cedo (17h00) nos dias 24 e 31.
A visita ao presépio é gratuita, mas os visitantes serão convidados a deixar um contributo simbólico para as obras naquela igreja, a necessitar “muito de uma intervenção”.
No edifício do mercado, a reinterpretação do presépio tradicional, construído à base de peças em barro, recria a vila do Espinhal e as suas gentes. A iniciativa inclui um mercadinho de Natal com uma mostra de artesanato regional e produtos endógenos.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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