A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro entrega, desde ontem e durante as próximas duas semanas, cabazes de Natal, mantinhas, broinhas, bolo-rei, bolo de Ançã e vários “adereços” destinados a doentes oncológicos. Esta é uma iniciativa que procura contribuir activamente para a humanização dos cuidados em oncologia, assim como amenizar o impacto que o cancro provoca nos doentes oncológicos e famílias.
Durante duas semanas (de 11 a 22 de Dezembro), a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro (LPCC.NRC) distribui presentes de Natal em casa de doentes oncológicos e em unidades hospitalares da região Centro. Ao todo, serão entregues 308 cabazes em casas de doentes oncológicos previamente identificados e beneficiários do Programa de Apoio Social material da LPCC.NRC. Já para as unidades hospitalares seguem 1200 mantinhas, 570 adereços (turbantes, gorros, sacos do dreno e almofadas do coração), 300 broinhas, 20 bolos-rei e 20 bolos de Ançã.
A distribuição e entrega de presentes de Natal nestas unidades da região Centro envolverá os seguintes estabelecimentos de saúde: Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede; Centro Hospitalar Tondela – Viseu (Viseu e Tondela); Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (Hospital Amato Lusitano); Centro Hospitalar Cova da Beira (Covilhã e Fundão); Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Aveiro e Estarreja); Centro Hospitalar de Leiria; Unidade Local de Saúde da Guarda; Hospital Distrital da Figueira da Foz; IPO de Coimbra e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
A iniciativa conta com a parceria da Escola de Hotelaria de Coimbra, na confecção dos bolos-rei, e das Pastelarias Vasco da Gama e Francisco Sá, na confecção das broinhas e bolo de Ançã, respectivamente.
Programa de Apoio Social material da LPCC
O diagnóstico de uma doença oncológica, embora experienciado de forma diferente por cada pessoa, é um acontecimento de vida adverso que acarreta uma multiplicidade de repercussões a nível físico, psicológico e social, com impacto para o doente, família e cuidadores.
Frequentemente, o processo de diagnóstico e tratamento tem, também, repercussões a nível económico, despoletando ou agravando situações de vulnerabilidade social do doente e da família que decorrem com a perda de rendimentos, a necessidade de gastos adicionais para deslocações regulares às instituições de saúde e/ou com cuidados de saúde (aquisição de medicamentos ou produtos específicos, adaptação de espaços físicos, entre outros).
No período compreendido entre Janeiro e Outubro de 2023, beneficiaram do Programa de Apoio Social material da Liga Portuguesa Contra o Cancro (região Centro) 414 doentes, traduzidos em 2.521 apoios, num montante que ascendeu a 164 mil euros, um acréscimo de cerca de 22% face a período homólogo. De destacar os apoios mais significativos: na medicação (36%), pagamento de rendas ou prestações à habitação (25%), alimentação (21%) e nas deslocações para as unidades de tratamento hospitalar (14%).
A subida generalizada dos preços dos bens essenciais e o impacto da subida das taxas de juro dos empréstimos à habitação e dos valores de arrendamento foram as principais situações que conduziram a um aumento do número de doentes a recorrer a este Programa.
No mesmo período, e no cômputo global dos programas de apoio e cuidados a doentes – onde se inclui o apoio psicológico e jurídico gratuito e o realizado em contexto hospitalar – este montante ascendeu a mais de 430.000 euros.
Recorde-se que os fundos do Programa de Apoio Social material resultam das contribuições da população no Peditório anual promovido pela LPCC e são o garante da subsistência de muitas famílias no decurso do processo de tratamento e sobrevivência da doença oncológica.
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