Fundada em Dezembro de 1957, com o objectivo de prestar auxílio à população em situações de emergência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ansião (AHBVA) prepara-se para celebrar, no próximo domingo (17), o 66.º aniversário.
Em dia de festa benzem-se duas novas viaturas, há sete estagiários a ingressar na corporação e a entrega de medalhas de reconhecimento aos elementos que se destacaram pelo serviço à comunidade. A efeméride fica ainda marcada pela entrega do Crachá de Ouro a um ex-membro da direcção, “que esteve connosco desde 2005 e que cessou actividade em Outubro”, revela José Antunes, comandante da corporação ansianense. Durante a sessão solene serão ainda entregues “sete ou oito distinções, grau prata, a empresas concelhias, que se destacaram pela ajuda que deram à nossa colectividade por altura do cortejo de oferendas”, recentemente dinamizado pela AHBVA.
O evento serve também para a bênção de duas novas viaturas, “uma ambulância de socorro pré-hospitalar, custeada, na sua totalidade, pelo Município de Ansião”, e um “camião/tractor, oferecido pela empresa LusoSicó: trata-se de uma oferta muito significativa para a nossa corporação”, afirma o comandante, dando conta de que “estamos agora a estudar forma de adquirir uma cisterna de 30.000 litros, com grande capacidade que pode ser utilizada em abastecimentos ou em cenário de incêndio”.
Depois de meses de formação e preparação, a AHBVA dá as boas vindas a sete novos estagiários, que passam a integrar as fileiras da corporação e que se juntam a uma equipa de cerca de 90 elementos. “Um número que não sendo o ideal satisfaz as necessidades do território”, assegura o responsável, lamentando “a dificuldade que existe na recruta de novos elementos”. Ou melhor: “a dificuldade não está no recrutamento em si, já que todos os anos vamos recrutando novos elementos. No meu ponto de vista, a dificuldade passa por manter os nossos recursos humanos motivados”.
Mostrando que o “apoio aos voluntários é fundamental”, o comandante relembra que “para garantir que o voluntariado possa permanecer é importante que se pense em criar condições e estímulos para os voluntários”, sem esquecer que “a falta de apoios nos leva a perder funcionários”. Para José Antunes, “é importante que os decisores locais, regionais e nacionais, percebam que se não se fizer nada, brevemente não vamos ter bombeiros”, aponta.
Ainda assim, e contrariando a tendência, o comandante revela que “arrancámos, em Outubro, com um novo curso de formação, onde temos 16 voluntários”, congratula-se. “Mais uma vez, não sendo um número muito elevado, ou parecido às formações que tínhamos no passado, e onde conseguíamos ter 20 ou 30 interessados, é um grupo interessante”. Até porque “para se ser bombeiro não basta querer, tem de se sentir”, assegura.
Sobre o aniversário, o comandante da corporação revela ainda que “estamos a prepara uma zona de exposição, no quartel, onde vamos ter a oportunidade de mostrar alguns dos equipamentos que temos vindo a adquirir nos últimos tempos, para que as pessoas também vejam onde está a ser investido o dinheiro que conseguimos angariar com o cortejo de oferendas”, que rendeu cerca de 110.000 euros à AHBVA. Para José Antunes, “é um acto simbólico, mas que pensamos que é muito importante, até por uma questão de respeito para com a população”, destaca.
Apesar das comemorações oficiais se assinalarem no próximo domingo (17), as celebrações arrancaram a 8 de Dezembro, com romagem ao cemitério em homenagem a todos os dirigentes e bombeiros já falecidos e participação na missa e procissão em honra da Imaculada Conceição.
ANA LAURA DUARTE
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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