A “culturalmente dinâmica” aldeia do Cercal, na União das Freguesias de Gesteira e Brunhós, volta a vestir-se a rigor para mais receber mais uma noite de puro rock, a 18 de Novembro. Realizado pela primeira vez em 1997, pela mão dos Balbúrdia, são eles que trazem a maior novidade para a 26.ª edição do Cercal Rock.
Depois de cerca de cinco anos sem editar material novo, a banda cercalense prepara-se para apresentar o mais recente trabalho discográfico “Assimetrias”, como revela João Paulo Castanheira, guitarrista do grupo e fundador do festival.
“Apesar de não ser a nossa ocupação e fonte de rendimentos principal, para nós os Balbúrdia são uma espécie de projecto pessoal, que levamos muito a sério”, conta o guitarrista, enquanto revela que “passados 27 anos da criação da banda, ainda há inspiração para criar coisas novas”. Inspiração essa que vem dos “mais variados acontecimentos do dia-a-dia”. No caso de ‘Assimetrias’, “a grande maioria dos temas foi produzido durante a pandemia”, falam de “relações e de problemas sociais” e foram criados “sem grandes pressas, mas com grande vontade”.
João Paulo Castanheira assume que “no que diz respeito à própria sonoridade também haverá novidades”, uma vez que a banda decidiu “arriscar” com “coisas novas”, sem fugir às nuances mais tradicionais do rock que os caracteriza. E por falar em coisas novas, o músico admite que a banda fez uma “viagem” ao baú das recordações e resolveu “dar uma roupagem nova a uma música lançada em 1997, editada no primeiro trabalho discográfico” da banda, de forma a “fazer jus ao passado”, com um toque de inovação.
No que diz respeito ao festival em si, o Cercal Rock celebra-se na noite de 18 de Novembro e espera “uma casa digna, sendo que o ideal seria uma casa cheia”, e por cheia, João Paulo Castanheira sustenta que o salão da Banda do Cercal, onde se realiza, “tem capacidade para cerca de 500 pessoas, e já tivemos edições em que a lotação esgotou”. Desta forma, “repetir o feito era um grande incentivo, não só para a organização como para as próprias bandas”, que apresentam “uma grande qualidade”.
Para a edição deste ano, a organização optou por “voltar a apostar num grande cabeça-de- cartaz”, e falamos dos Alcoolémia, que celebram 30 anos de carreira neste 2023. A juntar-se ao rock “para gente crescida”, há também concerto com os lisboetas Deserto e com a banda Johnny Dead Radio, da Figueira da Foz, “que não sendo bandas recentes, nem tão conhecidas, apresentam grande qualidade”, afirma.
De forma a captar mais público, a organização optou por fazer uma pré-venda de bilhetes, com o custo de 10 euros. No dia do festival, a entrada tem um custo de 12 euros. É de ir…
ANA LAURA DUARTE
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