Fundada a 7 de Novembro de 1915, a Sociedade Filarmónica Avelarense (SFA), sediada na vila de Avelar, prepara-se para celebrar o 108.º aniversário. Para assinalar a efeméride, a colectividade está a preparar um evento, que se realiza a 11 de Novembro, com direito a arruada pelas ruas da vila, com início às 16h00, e concerto na sede da instituição (20h30) seguido de jantar festivo.
Amândio Godinho, presidente da SFA, faz “um balanço muito positivo” do último ano de actividades da Filarmónica Avelarense, que “apesar de alguns contratempos, teve uma boa retoma pós-pandemia”, com a instituição a “registar um número de actuações muito semelhante ao dos anos anteriores ao Covid”, o que deixa o responsável “muito feliz”.
No entanto, “um dos factores que nos preocupa enquanto instituição de ensino da música, prende-se com o facto de muitas famílias terem adquirido diferentes hábitos de vida, após a pandemia, o que levou a uma redução do número de alunos a frequentar a Escola de Música, que actualmente ronda os 70 jovens, um número que contrasta com os cerca de 100 alunos que tínhamos em 2019”, lamenta. Ainda assim, “temos a confiança de que a tendência é para que haja um aumento de inscritos”, até porque “os pais e encarregados de educação têm cada vez mais a noção de que o estudo da música contribui em muito para o desenvolvimento, a todos os níveis, das crianças”, admite.
Grandes projectos
Depois de concluída uma “fase muito importante para a Filarmónica Avelarense, e que tem a ver com a reestruturação da nossa sede”, onde foram, até ao momento, investidos mais de 220.000 euros, com a renovação do telhado e reestruturação do salão principal, “ainda há muito para fazer neste grande projecto a que nos propusemos”. Para já, o presidente da colectividade tem em vista a “criação de oito salas de ensino”, uma vez que “aumentámos o pé direito do sótão do nosso edifício, o que permite a instalação destas salas, que no futuro irão proporcionar condições de excelência para o ensino da música”, assim como a “finalização da parte de baixo do palco, onde será criada uma sala de arrumos e uma zona de garagem”. Para a realização desta intervenção, Amândio Godinho revela que se prevê ainda “gastar entre 80 e 100.000 euros”.
“Um valor avultado, que ainda não tem financiamento, mas que conta com o apoio e colaboração dos nossos sócios, amigos e empresas beneméritas, assim como do Município de Ansião e da Junta de Freguesia de Avelar, que nos têm ajudado dentro das suas possibilidades”. E como “toda a ajuda conta: estamos também a estudar a possibilidade de apresentar alguma candidatura a fundos comunitários”, avança.
Mas como nem só da obra edificada se faz uma colectividade onde o exercício da música é a principal função, Amândio Godinho assume que “também temos uma grande necessidade de adquirir novos instrumentos musicais”. Segundo o dirigente, “alguns dos instrumentos que temos estão obsoletos, e apesar do dinheiro que vamos gastando, é muito difícil que fiquem ‘como novos’, por isso existe sempre a necessidade de ir renovando os nossos equipamentos, porque são eles que nos fazem brilhar”, uma vez que “os executantes precisam de bons instrumentos para continuar a aperfeiçoar a sua arte”, remata.
ANA LAURA DUARTE
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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