A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) alertou hoje para o mau funcionamento generalizado dos CTT, com consequências graves no recebimento de pensões ou na recepção atempada de facturas de serviços essenciais.
“Na sequência de consulta junto dos municípios da Região de Leiria, constata-se o mau funcionamento generalizado dos CTT e o registo crescente de queixas por parte dos munícipes, alegando atrasos na entrega de correspondência, situação que se agrava dia a dia, com consequências graves, por exemplo, ao nível do recebimento de pensões e da boa recepção de facturas relativas a serviços essenciais, como o fornecimento de energia, água ou comunicações”, lê-se numa informação da CIMRL, com a posição dos municípios.
Integram a CIMRL os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
Na mesma informação, a CIMRL explicou que, na tentativa de encontrar explicações e soluções, “está a realizar diversas diligências junto da administração dos CTT – Correios de Portugal e junto ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações sobre esta situação que tem acarretado prejuízos e transtornos para diversas organizações e população em geral”.
A CIMRL salientou que “esta situação é mais visível nos territórios rurais, onde precisamente estes serviços de correspondência são essenciais, onde existe uma manifesta falta de recursos humanos por parte dos CTT, que, em vez de contratarem pessoas a título definitivo, contratam, por vezes, apenas por seis meses, havendo, assim, uma instabilidade permanente”.
“Em função dessas dificuldades, sabe-se que os CTT estarão a priorizar a entrega de encomendas, serviço mais rentável, em detrimento da distribuição postal”, adiantou a Comunidade Intermunicipal.
Destacando que “a distribuição postal é um serviço público indispensável para a população da região, em particular nos municípios e freguesias rurais”, a CIMRL “remeteu comunicações à ANACOM, que superintende os serviços postais, bem como aos CTT, no sentido de alertar para a situação, e pedindo que sejam tomadas medidas urgentes com vista à rápida resolução do problema”.
À agência Lusa, o vice-presidente da CIMRL Jorge Vala afirmou que este é um problema que “se está a verificar, nomeadamente no norte da Região de Leiria, nas zonas rurais, com maior dispersão [populacional]”.
“O que se está a passar a norte é que há zonas que só têm resposta de entrega de correio duas por vezes por mês, o que torna a relação entre os CTT e a comunidade bastante deficitária e põe em causa o serviço público que os CTT são obrigados a prestar”, acrescentou Jorge Vala, também presidente da Câmara de Porto de Mós.
Lusa
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