Raul Costa é o grão-mestre da novel Confraria dos Vinhos Terras de Sicó, cuja constituição notarial aconteceu há dias. O penelense, psicólogo de formação, com raízes em Alfafar e há muito radicado em Lisboa, é o mentor da associação que pretende “afirmar a marca de vinhos e a região”, onde se corre o risco de “daqui a 15 anos não haver quem cultive”.
O processo de criação da confraria remonta ao início deste ano e foi noticiado em Abril passado pelo TERRAS DE SICÓ. Na altura, Raul Costa alegou razões de “solidariedade e afecto para com a região” e a terra natal, onde cultiva um vinha que fora de seu pai e replantou, para avançar com a ideia.
Depois de meses de trabalho em torno do desenvolvimento do projecto, a confraria foi agora constituída formalmente, contando com uma dúzia de confrades fundadores.
“As confrarias apareceram para unir pessoas em torno de um objectivo comum, em vez de cada um pensar por si. E é também essa a nossa pretensão. Queremos pôr os produtores, sem os despersonalizar, num objectivo comum que não limita mas cria economia de escala”, refere o responsável.
Satisfeito com a adesão inicial ao projecto, o novo grão-mestre explica que há ainda uma parte legal em andamento e que o primeiro Capítulo de lançamento da confraria deverá acontecer apenas em Janeiro próximo, por indisponibilidade de agenda, antes dessa data, da Confraria dos Enófilos do Vinho de Carcavelos, que apadrinhará a nova associação.
Com o traje para os confrades já escolhido, naturalmente em tons de “cor de vinho” (tinto), Raul Costa aponta a um caminho de “passo a passo ir vendo até onde se pode ir, dependendo da força, dos apoios e do envolvimento das pessoas”.
O dirigente espera ainda a colaboração dos autarcas dos municípios da região no desenvolvimento futuro da confraria, não escondendo que “gostava que este fosse um projecto das Terras de Sicó”.
Com 12 membros fundadores, a nova associação está agora aberta à entrada de novos confrades, que podem ser “produtores, consumidores, quem quiser ser”.
“Depois de estarmos a funcionar, sentirmos quem somos e o que temos, temos de começar a pensar nos passos seguintes, abrir internamente a quem se quiser juntar a nós, e externamente avaliar o que fazemos e em que participamos, no fundo, criar um plano de actividades”, sintetiza Raul Costa.
A sede da Confraria dos Vinhos Terras de Sicó ficará instalada na antiga escola primária de Alfafar, que alberga também já a Associação de Vitivinicultores Vinisicó.
Os vinhos Terras de Sicó são produzidos na Indicação Geográfica Beira Atlântico, sub-região Terras de Sicó, certificados desde 1993, seguindo tecnologias de elaboração e práticas enológicas tradicionais legalmente autorizadas. Nos últimos anos, têm alcançado diversos prémios em concursos nacionais e internacionais.
Grão-mestre: Raul Simões da Costa
Cancelário-mor: Afonso das Neves Duarte Rodrigues
Secretária: Andreia Filipa Coelho Videira
Chanceler: Luís Miguel Fernandes Gonçalves
Mestre dos ritos e das cerimónias: Maria Amélia Mendes Basílio Simões
Escanção-mor: Carla Sofia Falcão Ramos
Grão-provador: Pedro José Lopes Branco
1.º Provador: Carlos Alberto Falcão Mendes
2.º Provador: Jorge Manuel da Silva Gonçalves
Mestre-conselheiro: Sílvio Simões Lourenço de Carvalho
1.º Tabelião: Luís Alberto Fernandes Reis
2.º Tabelião: Ramiro Rodrigues
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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