A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra apoiou hoje a contestação da Câmara de Soure à exploração de depósitos minerais de caulino em território do município.
Em comunicado, o Conselho Intermunicipal da CIM, liderado por Emílio Torrão, recordou que o município de Soure, a que preside Mário Jorge Nunes, rejeitou o contrato que a Direcção-Geral de Energia e Geologia assinou com a empresa espanhola Monte Vale Grande.
“A Câmara Municipal de Soure deu, por três vezes, parecer negativo a esta pretensão de prospecção e pesquisa, entendendo que esta autorização deve ser revertida”, adiantou.
A CIM da Região de Coimbra, “cumprindo o pressuposto de defender os interesses dos municípios associados, apoia o parecer negativo (…), entendendo que a exploração deste tipo de minerais a céu aberto tem impactos negativos, não só no município onde é explorado, mas também em todos os que nos rodeiam”.
Esses 19 municípios, segundo a nota enviada à agência Lusa, “censuram este processo, que afectará a região no seu todo”.
Na última reunião do Conselho Intermunicipal, os autarcas presentes “manifestaram o seu profundo desagrado e consternação, considerando que a celebração do contracto de prospecção e pesquisa de caulinos na zona norte do concelho de Soure deveria ter tido em conta o parecer negativo do município, bem como a sua fundamentação, exigindo assim a sua imediata suspensão ou resgate”.
“Censuramos esta atitude, que põe em causa o cumprimento das leis de ordenamento do território e as pretensões das populações, podendo acarretar consequências para a saúde, para o património natural e para as infra-estruturas rodoviárias municipais”, afirma Emílio Torrão, citado no texto.
Lusa
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