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Pombal: Cabeçudos e gigantones prestam “homenagem às recordações antigas”

24 de Julho 2023

São grande, gigantes… com 3,5 metros de altura, e vão percorrer as ruas da cidade de Pombal, entre 28 e 31 de Julho, no âmbito das Festas do Bodo. Falamos da “família de gigantones e cabeçudos”, uma criação original da Casa Varela, em colaboração com o artista plástico José Ramalho e da comunidade, e que pretende ser uma “homenagem às recordações antigas”.

Os mais novos podem não ter esta imagem, mas decerto que os mais velhos se lembram da visita dos ‘cabeçudos’, acompanhados pelos grupos de gaiteiros, por altura das festas. Um momento mágico, onde o ‘medo’ se misturava com o entusiamos de interagir com aquelas figuras místicas.

“Quando percebemos que a memória e a tradição dos cabeçudos se tinha perdido ao longo dos tempos, quisemos desenvolver um projecto que permitisse reactivar esta memória colectiva”, revela Diana Figueiredo, em representação da Casa Varela. Depois de alicerçar o projecto, “desafiámos o José Ramalho, que é um artista plástico muito ligado às marionetas e às formas animadas, e que tem grande facilidade em lidar com o público, para que nos ajudasse na concretização do projecto”. Assim foi, no entanto, não é apenas o artista plástico a dar forma aos cabeçudos e gigantones, “a Casa varela, sendo um centro de experimentação artística, decidiu abrir a iniciativa à comunidade e abrir portas a quem se queira juntar ao grupo e a dar o seu contributo” na execução destes ‘bonecos’.

Através de várias oficinas, realizadas ao longo dos últimos meses, o projecto foi dando forma a dois gigantones, “com certa de 3,5 metros de altura, e a dois cabeçudos, que devem ter cerca de 2,5 metros”. As cabeças de ambos os gigantones e cabeçudos são feitos de maneira artesanal com pasta de papel e pintados a mão, mas os gigantones ainda têm toda uma armação metálica e roupa.

Os participantes do projecto “ajudam de diversas maneiras, há quem prefira ajudar na execução das estruturas, existem outras pessoas com mais ‘mão’ para a costura”, e como José Ramalho gosta de levar o trabalho para fora de portas, “quem passa na zona ribeirinha junto à Casa Varela, em dias de oficina, acaba por ficar um pouco, por partilhar alguma memória de outros tempos, uma sugestão, ou ajudar em alguma parte do processo, nem que seja apenas meia hora, como já aconteceu”, e é essa partilha “um dos pontos mais interessantes deste projecto”, revela. Afinal, o objectivo é prestar uma “homenagem às recordações antigas e reactivar uma memória colectiva”.

As quatro figuras dão corpo a “uma família, que pretende representar precisamente esta mística das festas pagãs de antigamente, com uma caracterização muito rural”, e que “vai de encontro à imagem do que é o passado do Bodo”, avança entusiasmada.

Depois de um processo criativo e comunitário desafiante, a nostalgia dos cabeçudos e gigantones vai passear-se pelas ruas da cidade de Pombal entre as 10h00 e as 12h30 e as 14h00 e as 19h00 dos dias 28, 29, 30 e 31 de Julho, no âmbito Festas do Bodo, acompanhados pelos grupos de gaiteiros ‘Os Rambóias’ e ‘Os Canários’. Se os vir, não tenha medo… são simpáticos e vieram para ficar!

ANA LAURA DUARTE

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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