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Condeixa propõe traçado alternativo na linha de alta velocidade que poupe casas em Anobra

22 de Julho 2023

A Câmara Municipal de Condeixa propôs, esta semana, em sede de emissão de parecer específico, uma alternativa ao troço da linha ferroviária de alta velocidade, com um traçado em Anobra que minimize os impactos naquela freguesia. A proposta, dos técnicos da autarquia, aponta a linha para uma posição intermédia entre as opções-Casal Seco e Alvogadas, procurando poupar a destruição das habitações.

De resto, um abaixo-assinado em curso na freguesia de Anobra, no âmbito da participação na consulta pública sobre a avaliação de impacte ambiental, sugere a deslocação dos eixos 3.1 e interligação entre 3.1 e 3.2 (as já referidas opções-Casal Seco e Alvogadas), “evitando a demolição de habitações nos lugares de Casal Seco, Alvogadas e Quinta das Cunhas”, este já no vizinho concelho de Coimbra.

Em reunião extraordinária do executivo, para discussão do referido parecer, que rejeita “veementemente” a alternativa-Casal do Carrito, foram ainda apontadas algumas compensações a ter em conta para atenuar as externalidades negativas do projecto, nomeadamente, a execução do protocolo firmado entre a Câmara Municipal e a Infraestruturas de Portugal para a  melhoria de acessibilidade do IC2; apoio à construção da expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego na ligação Coimbra-Condeixa; e reforço das verbas a transferir para o município destinadas a assegurar o financiamento dos serviços públicos de transportes de passageiros.

Já antes, em comunicado a Concelhia do PSD defendia que os impactes provocados pelo avançar do projecto à passagem pelo concelho “têm de ser globalmente compensados, além de se exigirem justas indemnizações para os cidadãos e empresas directamente afectados”.

O PSD, que reconhece “a necessidade de aumentar a capacidade de transporte ferroviário”, até porque “na nossa região, a Linha do Norte está saturada e não consegue acomodar mais comboios de passageiros e de mercadorias, nomeadamente na zona suburbana de Coimbra, afirma participar “activamente com a apresentação de propostas de compensação dos impactes que a população merece”.

Para os social-democratas, “a justa compensação da população de Condeixa pelos impactes da LAV [Linha de Alta Velocidade] requer que as acções que tardam a chegar à vida concreta das pessoas sejam concretizadas”.

Assim, o PSD quer rapidez na construção do viaduto que permitirá o melhor acesso à Zona Industrial de Condeixa do lado norte, “para que a população da Barreira e do Casal da Estrada deixe de sofrer com a passagem de veículos pesados”; melhoria do sistema de transportes que serve as freguesias de Condeixa, particularmente nas freguesias da Anobra, UF Sebal-Belide e Ega; melhoria da conservação da rede rodoviária municipal; dotar o corpo de bombeiros de Condeixa de equipamento pesado de desencarceramento para ter capacidade para responder ao risco acrescido da existência da linha ferroviária; melhoria do atravessamento de Condeixa pelo IC2; extensão da rede do metrobus a Condeixa para melhorar o acesso a Coimbra e à nova linha ferroviária; e financiamento para a construção do Pavilhão Multiusos.

Por seu lado, o Chega, através do coordenador concelhio Octávio Ferreira, apela “à solidariedade e participação cívica sobre a consulta pública do traçado do TGV no nosso concelho”.

“Após a análise dos inúmeros documentos, pareceres e estudos ambientais tomámos a posição de defender o traço 3.1” [Casal Seco], refere uma nota do partido, que apela à participação na consulta pública aberta até ao final deste mês.

LUÍS CARLOS MELO

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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