Saltimbancos, dançarinos, músicos, artífices, artesãos, mercadores, regatões e taberneiros vão ocupar a Praça Marquês de Pombal, no último fim-de-semana deste mês (27 e 28), com o Festival Pombalino a representar uma verdadeira viagem no tempo, onde o objectivo passa por recordar a “sociabilização, o lazer e a intimidade no tempo do Marquês de Pombal”.

A iniciativa decorre no âmbito do “Maio Mês do Marquês”, que assinala as datas do nascimento (13 de Maio de 1699) e morte (8 de Maio de 1782) de Sebastião José de Carvalho e Melo e o Dia Internacional dos Museus com um conjunto de actividades que inclui a recriação de ambientes, festas e feiras do século XVIII. Haverá ainda espaço para a apresentação de diferentes géneros de exibições teatrais, cortejo histórico e arruada, vestuário da época, cenas da vida quotidiana, espectáculos de música e dança próprias da época barroca, de natureza popular e erudita, concerto barroco, jogos populares, entre muitos outros.

No âmbito do Festival Pombalino, decorrerá igualmente o Festival de Estátuas Vivas Barrocas, agendado para a tarde de domingo (28), onde 14 figurinos, dispostos ao longo das ruas da zona histórica da cidade, entre as 15h00 e as 18h00, recriam personagens ligadas à música, à poesia, ao teatro e à intimidade da época barroca, “tendo por base a temática Intimidade e Sociabilidade no Período Pombalina”.

A apresentação do programa decorreu a 8 de Maio, a data em que se assinala a morte de Sebastião José de Carvalho e Melo, com uma Visita Dançada ao Museu e a inauguração da exposição “Marquês de Pombal na Filatelia – Colecção João Soeiro”, patente na Capela da Misericórdia – Museu de Arte Popular Portuguesa.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Pombal, o evento “tem como finalidade divulgar a vida e a obra de Marquês de Pombal, valorizar o legado pombalino e o património cultural da cidade de Pombal ligado ao estadista”, num “fim-de-semana em Pombal regressa à época barroca e celebra o Marquês de forma única a nível nacional”.

Onde cada edição é inspirada num domínio da acção do Marquês de Pombal, de forma a “transmitir conhecimento e educar públicos para essa temática”, sendo que este ano a iniciativa vai explorar “a sociabilidade, lazer e intimidade na época barroca”, orientando as várias iniciativas para essa área de conhecimento, revela Cidália Botas, coordenadora do Museu Municipal Marquês de Pombal.

“Mais do que um evento lúdico, pretendemos que o ‘Maio Mês do Marquês’ seja um evento cultural e que transmita conteúdo, que não seja só um espectáculo de animação, que seja mais do que isso”, afirmou a responsável do Museu Municipal Marquês de Pombal.

ANA LAURA DUARTE

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]