O pintor de arte Belmiro Pita ofereceu ao Museu Monográfico de Conímbriga uma peça em cerâmica alusiva aos 60 anos daquela instituição, que se comemoraram em 2022.
A oferta, patrocinada por um mecenas que solicitou o anonimato, consistiu numa “placa em cerâmica feita no próprio barro, com uma decoração a imitar o mosaico romano”.
O artista salienta a “ligação emocional” a Conímbriga dos residentes em Condeixa-a-Velha, paredes-meias com aquela estação arqueológica, como é o seu caso.
“As pessoas de cá têm um sentimento sobre Conímbriga e noto que, desde há muito anos, sentem uma certa mágoa por serem colocados à margem” de decisões e acções no espaço, lamentou Belmiro Pita na ocasião da entrega ao director do museu.
Por seu lado, para Vítor Dias, o gesto do pintor condeixense “simboliza a união que Conimbriga quer ter com o território”.
“Sessenta anos é uma marca emblemática do museu, mas também é muito emblemático imaginar que vamos poder actualizar esse mesmo museu com o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e perspectivar como podem vir a ser os próximos 60 anos é um momento de charneira e de grande reflexão que devemos ter”, salientou o director de Conímbriga.
Vítor Dias mostra-se convicto de que não faltará apoio governamental ao desenvolvimento da estação arqueológico, até porque “o Estado já investiu tanto no sítio que também seria um bocadinho paradoxal não continuar a investir e a não mostrar as suas potencialidades”.
“Já se provou que vale a pena investir no sítio, porque há retorno cultural, social e patrimonial”, argumenta o director ao TERRAS DE SICÓ.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM