A Cooperativa de Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Pombal (Cercipom) prevê abrir, em Maio, uma residência de autonomização e inclusão, faltando apenas o seu apetrechamento e o acordo com a Segurança Social, foi hoje anunciado.
A directora-geral da Cercipom, Preciosa Santos, explicou à agência Lusa que a instituição comprou um apartamento de tipologia T3 no valor de 190 mil euros, tendo recebido um financiamento de quase 163 mil euros, na sequência de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência.
Hoje, a Câmara de Pombal aprovou, em reunião do executivo, um apoio de cerca de 27 mil euros para completar o valor da compra do apartamento, localizado na cidade de Pombal.
Preciosa Santos adiantou que “só falta mesmo mobilar” o apartamento, que vai receber cinco utentes, e estabelecer o acordo de cooperação com a Segurança Social.
“Enquanto não tivermos o acordo, não vamos abrir. Logicamente, não temos forma de pagar o funcionamento da casa”, declarou, adiantando que se prevê a contratação de um ajudante de acção directa a tempo inteiro e três técnicos superiores, estes a meio tempo (assistente social, psicólogo e técnico de reabilitação).
O funcionário a tempo inteiro visa dar apoio aos utentes, “para os ajudar a organizarem-se nas questões diárias vida”, como a preparação de refeições e a deslocação para as actividades ou trabalho.
“São pessoas com autonomia e nós pretendemos, de facto, apostar nessa autonomia, caso ainda não a tenham. É um dos objectivos”, declarou.
Assumindo que esta é uma valência “muito necessária” para a Cercipom, sobretudo para uma franja de população que frequenta o centro de formação profissional da instituição, Preciosa Santos assinalou que se trata de “jovens já adultos a tentarem construir projetos de vida, de trabalho e de emprego”, mas “em termos residenciais existem grandes lacunas e grandes dificuldades”, pois “ou não querem estar com os pais ou não há condições para isso”.
Segundo a directora-geral, esta será a primeira residência de autonomização e inclusão da Cercipom, mas reconheceu que o ideal seria mais uma.
“É nosso objectivo avançar [para uma segunda residência autonomização e inclusão], porque isto não responde às necessidades que existem”, assegurou.
A Cercipom foi fundada em 1979. Conta, actualmente, com as valências de formação profissional, intervenção precoce, centro de recursos para a inclusão, centro de actividades e capacitação para a inclusão, e dois lares residenciais, dando apoio a cerca de 570 pessoas.
A instituição tem na ordem dos 100 funcionários e tem no concelho de Pombal (distrito de Leiria) a sua intervenção prioritária, mas chega a outros da região.
O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, a designada “bazuca”, tem o valor de 16,6 mil milhões de euros – 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos.
Lusa
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