Fundada em 10 de Março de 1878, a Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense (SFRBV) acaba de celebrar 145 anos de existência. Sim, leu bem: 145 anos dedicados a “elevar a cultura em Vila Nova de Anços”.
A efeméride foi celebrada com pompa e circunstância a 12 de Março, numa cerimónia onde a colectividade aproveitou para “prestar tributo a Álvaro Garcia, músico, professor de música, compositor”, natural de Vila Nova de Anços, que “apesar de residir em Lisboa, deu, e continua a dar muito, à cultura vilanovense”, revela João Gante, presidente da SFRBV, enquanto explica que o momento foi “uma surpresa muito bonita, porque ele [Álvaro Garcia] não estava à espera deste tributo”.
A interpretação da marcha “Socalcos do Mar”, composta por Ricardo Costa e José Pedro Galvão, músicos da colectividade, “foi um dos pontos altos da cerimónia”, uma vez que o “Maestro Tiago Maia, convidou o próprio homenageado a subir a palco e a reger a composição”, num momento de “pura improvisação, que correu lindamente”, assegura o responsável.
Como já vem sendo habitual, a colectividade também aproveita a data para eleger o “músico do ano”, uma iniciativa que “permite que os próprios músicos da filarmónica elejam um elemento como sendo o que mais se destacou dentro da colectividade no ano anterior”, e para este ano a escolhida foi Eduarda Neves, que viu o seu nome soar como “músico do ano 2022”.
E por falar em gratidão, também Rosa Maria Cordeiro e Maria Luísa Campino Moço, receberam uma condecoração, “por colaborarem com a instituição desde o centenário, ou seja, há 45 anos”, o que demonstra “uma dedicação e espirito de entrega à Filarmónica Vilanovense que merece todo o nosso carinho e reconhecimento”.
É num “momento bom” que a Sociedade Filarmónica Recreativa e Beneficente Vilanovense (SFRBV), acaba de celebrar a efeméride: “a Filarmónica está muito bem, foi um ano muito pujante para a direcção e para os músicos, com muitos serviços”, num “intenso retomar de actividade pós-pandemia”. O dirigente considera que “não poderíamos ter melhor arranque de actividades”, com o ano passado a “registar uma agenda completamente lotada”. Um feito que “prevemos repetir este ano”, uma vez que “já estamos a receber muitas solicitações”.
João Gante admite que “é muito bom sentir que as pessoas apreciam e valorizam o trabalho que desenvolvemos ao longo dos anos, e ao serviço da comunidade”, garantindo que “temos tanto prazer em actuar em grandes festividades como em localidades mais pequenas e com um público mais reduzido”.
Com cerca de meia centena de executantes na Banda Filarmónica e mais de 60 alunos na escola de música, João Gante assume que a melhor forma de honrar o legado é “projectando o futuro e isso acontece através de uma forte aposta na nossa escola de música que é como se fosse um mini-conservatório. A formação de novos músicos é a nossa maior aposta, porque aqui encontramos a nossa principal fonte de recrutamento”, revela.
O dirigente conta ainda que na escola de música, “para além do forte investimento no ensino da música aos mais novos, percebemos que havia a necessidade de acolher uma turna de adultos”, que tem “tido uma aceitação fantástica e uma evolução muito interessante”.
E se quando se fala em aniversários também se fala em presentes, para João Gante, “neste momento, o melhor presente físico que poderíamos receber seria a cobertura de uma zona de passagem exterior no edifício da nova sede”, mas “satisfaz-me saber que a comunidade aprecia o nosso trabalho e continua a tratar-nos com carinho e respeito”, finaliza.
ANA LAURA DUARTE
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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