A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) quer que o Plano Ferroviário Nacional contemple uma plataforma logística no concelho de Pombal, considerando este um “projecto estruturante para a dinamização do transporte de mercadorias”.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, a CIMRL refere que “defendeu, no âmbito da consulta pública do Plano Ferroviário Nacional (PFN), a inclusão da plataforma logística da Região de Leiria/rede de terminal logístico, em Pombal, como projecto estruturante para a dinamização do transporte de mercadorias e no apoio à dinâmica empresarial da região”.

A CIMRL salienta, no documento remetido à tutela, que o objectivo é a “construção da plataforma logística da Região de Leiria, enquanto infra-estrutura de nível regional, que proporcione soluções de logística intermodal, integrada e articulada com o porto da Figueira da Foz, fortemente vocacionada para o tecido empresarial regional”.

“Esta plataforma ira servir toda a Região de Leiria contribuindo para a descida dos custos do processo logístico que, em termos globais, pode ultrapassar os 15% do custo de produção ao nível das pequenas e médias empresas.”, esclarece a Comunidade Intermunicipal, apontando como localização o concelho de Pombal, junto à Linha Ferroviária do Oeste e Auto-estrada 17.

Este espaço teria como serviços “entreposto aduaneiro, depósito temporário e armazém de exportação”.

Na fundamentação da proposta, a CIMRL elenca a “proximidade/acessibilidade a zonas de consumo/produção”, a “estrutura de movimentação de carga já existente” e “de importante infra-estrutura portuária (porto da Figueira da Foz)”,

Acresce a integração com a rede rodoviária nacional (Auto-estrada 17) e com a rede ferroviária nacional (Linha do Oeste).

Com uma dimensão 60 hectares, esta iniciativa tem uma estimativa de investimento, público e privado, entre 50 e 60 milhões de euros, sendo que as entidades promotoras são públicas e operadores privados, apresentando um horizonte temporal de 2030.

Já no âmbito do transporte ferroviário de passageiros, a CIMRL reclama a concretização da nova Linha de Alta Velocidade (LAV) Porto–Lisboa ou a modernização da Linha do Oeste.

“É fundamental a revitalização e modernização da Linha do Oeste, nomeadamente através da dotação, em toda a extensão da linha, de parâmetros técnicos e de qualidade consentâneos com os existentes nos troços já intervencionados”, considera a Comunidade Intermunicipal, que propõe, ainda, a “valorização das estações da Marinha Grande, Leiria, Louriçal e Pombal”.

A CIMRL defende, também, a “criação de um serviço Intercidades Lisboa–Leiria-Figueira da Foz”, que utiliza a Linha do Oeste e no futuro a LAV até Leiria mais Linha do Oeste a norte de Leiria.

Por outro lado, sugere a “ligação da Linha do Norte à Linha do Oeste”, pois “iria ter um conjunto de repercussões significativas na geração de tráfego a norte e sul da região de Leiria”.

Fazem parte da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Lusa