A condeixense Ana Veríssimo venceu a 3.ª edição do ‘Programa TalentA’, iniciativa da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e da Corteva Agriscience, com o projecto sustentável “Olive” que visa a criação de um produto inovador feito a partir dos resíduos resultantes da poda das oliveiras, reutilizando esta matéria-prima para a produção de misturas solúveis para bebidas aromáticas e medicinais.
O programa TalentA, lançado em 2021 pela CAP e pela Corteva Agriscience, empresa de referência no sector agrícola em tecnologia de sementes, protecção de culturas e agricultura digital, tem como objectivo empoderar as empreendedoras rurais e capacitar os seus projectos com formação e financiamento, contribuindo para a sua expansão.
Ana Veríssimo, de 40 anos, natural de Vila Seca, iniciou o seu percurso num curso de turismo, mas cedo percebeu que o marketing social era o caminho, tendo passado pela Animação Sociocultural ainda antes de chegar à agricultura.
Em 2022 criou o projecto “Olive” que actua em 4 eixos (saúde, social, económico e ambiental), onde conjunta a economia circular e a sustentabilidade na criação de um produto inovador elaborado a partir do desperdício resultante da poda das oliveiras. O projecto Olive [Leaf Flavors – Portuguese handmade] pretende colocar no mercado um produto inovador livre de teína, cafeína e com benefícios para a saúde dos consumidores em três variedades: olive matcha, olive infusion e olive coffee.
O projecto encontra-se em fase inicial de preparação e planeamento e o valor monetário (5.000 euros) do prémio agora alcançado será usado para a sua implementação e aquisição de equipamentos necessário à actividade.
O ‘Programa TalentA’, que na terceira edição teve cerca de 200 inscrições de mulheres rurais na agricultura, já conseguiu em edições anteriores capacitar mais de 800 mulheres de nove nacionalidades diferentes, e “o projecto continua a ser necessário para evidenciar o papel fundamental que as mulheres desempenham no desenvolvimento do futuro rural”, sustentam os promotores.
O júri, composto por representantes especializados de ambas as entidades, avaliou diferentes critérios que vão desde a inovação, o combate à desertificação, o impacto e a sustentabilidade dos projectos inscritos, o empoderamento económico até à possibilidade de réplica de negócio.
O programa tem sido apresentado como um exemplo de boas práticas pelo Parlamento Europeu. A vencedora e as outras duas finalistas vão ter acesso a um programa de formação (e-commerce, redes sociais, plano de negócios, técnicas comerciais, etc.) promovido pela CAP para dotar os projectos de mais ferramentas de trabalho e métricas de sucesso.
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