Perto de 12.000 mulheres foram rastreadas ao cancro da mama nos últimos dois anos nos seis concelhos de Sicó, no âmbito do programa de rastreio dinamizado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
De acordo com dados facultados ao TERRAS DE SICÓ pelo Núcleo Regional do Centro da LPCC, os “resultados globais da última volta terminada em cada concelho”, realizada entre Julho de 2021 e Junho de 2022, apontam para 11.729 mulheres a efectuarem o exame de um total de 16.683 convidadas para o efeito, o que representa uma taxa de participação de 70%. Mais de 60 mulheres (63) acabaram encaminhadas para diagnóstico e tratamento hospitalar.
Sublinhe-se que os números de participação ficaram um pouco aquém dos registados na “volta” anterior (13.133 rastreios), devido, sobretudo, aos constrangimentos provocados pela pandemia.
Os rastreios do cancro da mama são dirigidos a mulheres com idade compreendida entre os 50 e os 69 anos, que recebem uma carta-convite com a indicação da data e hora de realização do exame, habitualmente, em unidades móveis “estacionadas” junto aos centros de saúde locais. São, também, avisadas por SMS sobre a data de realização do exame.
Segundo os mesmos dados, em Alvaiázere foram rastreadas 734 mulheres de um total de 1.004 convidadas; em Ansião, 1.356 de 1.860; em Condeixa, 1.714 de 2.362; em Penela, 551 de 880, em Pombal, 5.416 de 7.951; e em Soure, 1.956 de 2.626 “convidadas”.
Refira-se que no concelho de Soure foi apurada a maior taxa de participação (74,4%) no território de Sicó, por contraponto ao de Penela, que registou a menor (62,6%).
Problema de saúde pública
A LPCC lembra que o cancro da mama é “um problema de saúde pública, apesar de não ser dos mais letais, tem uma alta incidência e uma alta mortalidade, sobretudo na mulher”.
Em Portugal, com uma população feminina de cinco milhões de pessoas, foram diagnosticados, em 2020, cerca de 7.000 novos casos de cancro da mama e 1.800 mulheres morreram com esta doença.
O exame clínico e a mamografia são meios para um diagnóstico o mais precoce possível das lesões malignas. Desde 1986 que a LPCC realiza o rastreio do cancro da mama, que, ao longo de décadas, tem permitido diagnosticar centenas de cancros em fase inicial e, consequentemente, curáveis ou controláveis. O exame mamográfico deve ser repetido de dois em dois anos de forma a garantir uma prevenção eficaz.
O plano de rastreios do Núcleo Regional do Centro da LPCC para as Terras de Sicó, durante este ano, prevê a presença das unidades móveis em Condeixa, entre Julho e Outubro; em Penela, no mês de Julho; em Ansião, nos meses de Agosto e Setembro; em Alvaiázere, em Setembro e Outubro; em Soure, de Outubro a Dezembro; e em Pombal, entre Julho de 2023 e Março de 2024.
A LPCC disponibiliza uma linha telefónica gratuita – 800 910 232 – através da qual as mulheres daquele grupo etário podem esclarecer dúvidas e proceder ao agendamento dos exames.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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