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Coimbra: Nuno Moita demite-se da liderança da Federação Distrital do PS

11 de Janeiro 2023

Nuno Moita apresentou a demissão de presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, “com o objectivo claro e inequívoco de proteger, defender e salvaguardar a imagem e a boa reputação do PS e dos seus militantes”.

O pedido de demissão do também presidente da Câmara de Condeixa está relacionado com a recente condenação a uma pena suspensa de quatro anos por participação económica em negócio, num processo em que era acusado pelo Ministério Público de atribuir obras por ajuste directo à empresa de um amigo de Condeixa, Armindo Marto, quando era vogal do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), responsável pelas Obras e Património.

Nuno Moita foi reeleito líder distrital do PS no acto eleitoral realizado a 5 de Novembro passado.

“Após a decisão de primeira instância que deu razão à tese do Ministério Público, e sobre a qual de imediato manifestei a mais firme intenção de recorrer superiormente, por dela discordar em absoluto, aguçaram-se os ataques à minha pessoa e ao Partido Socialista, a que orgulhosamente pertenço, presidindo com elevado sentido de responsabilidade à Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista. Com a aproximação da reunião da Comissão Nacional do Partido, marcada para este sábado em Coimbra, a acusação que sobre mim pende afigura-se uma arma de arremesso de grande eficácia populista contra o PS”, refere Moita em comunicado.

O autarca socialista sustenta que “bem ponderadas todas as consequências”, tomou a decisão de pedir ao secretário-geral do partido, António Costa, a demissão do cargo de presidente daquela federação distrital, “com o objectivo claro e inequívoco de proteger, defender e salvaguardar a imagem e a boa reputação do PS e dos seus militantes”.

“Estou muito seguro da minha inocência e, apesar da pena suspensa com que é acompanhada a sentença de primeira instância e de nada me impedir do exercício de cargos públicos ou políticos, entendo que esta é a decisão que se impõe”, reforça.

Nuno Moita, que afirma aguardar “serenamente a última decisão judicial sobre um processo cujos factos em causa remontam aos longínquos anos de 2010, 2011 e 2012”, convicto de que será capaz de provar a sua inocência, assegura que honrará “o compromisso assumido com os eleitores do Município de Condeixa-a-Nova que, por três vezes consecutivas, me confiaram e delegaram a missão de governar e desenvolver o território onde nasci”, mantendo a liderança da autarquia.

“Nunca permitirei que, eu e as minhas circunstâncias, possam de algum modo ser usadas como arma de arremesso político para denegrir o Partido Socialista, através de estratégias maldosas, retrincadas e de fabulação, desviando atenções do que é essencial, do que realmente importa ao PS, a Coimbra e a Portugal”, conclui o comunicado.


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