Uma dezena de taxistas do concelho de Alvaiázere estão envolvidos no projecto MOBI, de transporte flexível a pedido, que entrou em funcionamento na passada segunda-feira (2), no âmbito de um protocolo entre a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) e a câmara municipal local.
Segundo a autarquia, “desta forma, através do MOBI, é possível colmatar a lacuna existente no que diz respeito aos transportes públicos no concelho, e simultaneamente proporcionar um serviço que funciona desde casa do munícipe até à sede de concelho e o seu retorno”.
Trata-se de um serviço que “funciona todos os dias em todas as freguesias, em qualquer lugar do concelho, sem paragens marcadas, funcionando em regime de porta a porta”, numa tarifa equivalente à do anterior projecto concelhio MOVE, que agora é descontinuado, “garantindo mobilidade a custos muito reduzidos”.
O executivo liderado por João Paulo Guerreiro reconhece que o projecto MOVE foi “uma solução importante para os alvaiazerenses”, mas assinala o compromisso eleitoral da “melhoria desta solução de mobilidade no concelho”, que chega agora com o MOBI.
“Entendemos que este é um serviço que vai, de alguma forma, responder àquelas populações com mais dificuldade de mobilidade e, sobretudo, em locais mais dispersos”, realça, por seu lado, o vice-presidente da CIMRL, Jorge Vala, adiantando que nos próximos meses o projecto avançará em outros concelhos do norte do distrito, como Ansião.
O transporte a pedido da Região de Leiria é um serviço de transporte público em que o passageiro pode fazer antecipadamente a reserva da sua viagem, até às 15h00 do dia anterior ao dia da viagem, através de uma chamada para o número de telefone 800 24 25 26, de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 15h00.
Realizado com recurso aos operadores locais (táxi), o projecto é financiado pelo PART – Programa de Apoio à Redução, permitindo que o utilizador pague um valor mais reduzido pelo serviço, sendo o restante suportado pela CIMRL.
Jorge Vala explica que a iniciativa é, essencialmente, um protocolo que é feito com os taxistas, que vão a casa das pessoas, sem rotas específicas, “e o preço que o utente paga é idêntico ao preço que pagaria num transporte público normal, entre 1 euro e 2,50 euros”, sendo “o restante suportado pela Comunidade Intermunicipal através do PART, com um investimento, nesta primeira fase, de cerca de 80.000 euros”.
O transporte a pedido, denominado MOBI Região de Leiria quer “dar mais um contributo no combate ao isolamento da população sénior e melhorar o acesso à rede de transportes públicos, designadamente nos lugares onde o serviço público de transportes não existe ou não assegura horários compatíveis com as necessidades da população”, assinala a CIMRL, salientando tratar-se de “um serviço complementar à rede pública de transportes e pretende assegurar as deslocações para a sede do município, onde os utentes poderão ir aos seus locais habituais”, como centro de saúde, farmácia, mercado, banco, correios, entre outros locais”.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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