Com alguns dias de atraso em relação ao inicialmente anunciado, a Infraestruturas de Portugal (IP) iniciou esta semana a empreitada de reabilitação da ponte sobre o Rio Mondego, situada na EN 347, a sul de Montemor-o-Velho e a norte de Alfarelos, no concelho de Soure, obrigando ao encerramento temporário da travessia até Novembro do próximo ano.
Num investimento de cerca de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de aproximadamente um ano, a obra tem como objectivo a reabilitação e o reforço daquela estrutura, mas o seu encerramento temporário gerou contestação dos autarcas locais, devido à ausência de boas alternativas à circulação.
“Em resultado das inspecções periódicas ao estado de conservação da ponte que a IP desenvolveu, foram identificadas diversas anomalias que têm evoluído de forma desfavorável e que urge corrigir, pelo que importa dar início a esta intervenção”, adiantou aquele organismo.
A IP adianta que de acordo com orientações da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a execução dos trabalhos no leito do rio, a primeira fase da obra, que incide sobre o pilar situado no canal de rega do Mondego, terá de ser concluída até 1 de Março de 2023. A segunda fase dos trabalhos, no leito do rio, só pode desenvolvida entre Março e Novembro.
“Deste modo, torna-se imperioso o início imediato da obra, cumprindo o planeamento definido”, sustenta a IP.
No âmbito da empreitada serão realizados trabalhos de reforço das fundações dos pilares, o prolongamento dos maciços de encabeçamento e a construção de uma estrutura de suporte para as cargas verticais e transversais transmitidas pelo tabuleiro. A obra inclui também a limpeza geral das superfícies do tabuleiro e dos pilares, a reparação e pintura de guarda-corpos metálicos, a substituição das juntas de dilatação e dos aparelhos de apoio, incluindo abertura de roços na laje do tabuleiro e nos encontros, bem como a reabilitação e revestimento nos passeios.
Perante a interdição de tráfego na ponte, a IP criou percursos alternativos. Para veículos ligeiros, utilizar a EN 341 e M601, passando por Verride e Vila Nova da Barca, enquanto para veículos pesados a sugestão é utilizar a EN 342, passando por Soure e Louriçal até à EN 109 ou A17, ou utilizar a EN 347 direcção Condeixa até ao IC2 ou A1.
As alternativas propostas pela IP não agradaram aos autarcas de Soure e Montemor-o-Velho, bem como à CIM Região de Coimbra.
Em comunicado, a Câmara de Soure lamentou que a intervenção, “obviamente necessária, implique o encerramento total da estrutura durante a sua execução, sem que esteja assegurada uma alternativa adequada e que satisfaça os interesses das populações que dela necessitam diariamente”.
“As edilidades de Soure e Montemor-o-Velho, juntamente com a CIM Região de Coimbra, têm desenvolvido esforços e continuam na expectativa de intercederem junto da IP e do Estado Português, e conseguirem minimizar o impacto do encerramento da ponte”, refere a mesma nota.
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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