Limpa, cuidada e acessível. É desta forma que a freguesia de Ansião se quer apresentar a quem a visita, mas acima de tudo a quem a vive. Para isso, o executivo liderado por Jorge Cancelinha tem encetado esforços para “preservar e requalificar o património existente”. Afinal, “não faz sentido estar a criar novos pontos de interesse quando temos uma freguesia tão rica em património histórico”, ao qual “não estava a ser dada a devida atenção”.
O presidente da Junta explica que “a freguesia de Ansião não se restringe apenas à vila”. Existe toda uma “periferia que precisa de ser acarinhada”, e onde “verificámos alguns problemas, entre eles a inexistências de parques infantis ou de zonas de lazer”. Neste sentido, o executivo arregaçou as mangas e começou por “investir em arranjos e em alargar o número de cantoneiros”.
Jorge Cancelinha destaca a “preservação dos nichos oratórios, das ‘alminhas’ e de alguns fontanários” já existentes. Numa primeira fase já foram requalificadas um total de 15 ‘alminhas’ distribuídas por toda a freguesia, e foram criados três espaços de lazer, que incluem o parque infantil “no Maxial, Torre de Vale Todos e junto à igreja da Lagarteira”.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Ansião, estes espaços permitem “recuperar o conceito de aldeia”, onde os habitantes se “juntam e convivem”. Aliás, “no Maxial, a Junta forneceu os materiais, mas foram os próprios habitantes que conceberam praticamente todo o projecto: um construiu o alpendre, outros pintaram os muros”. Desta forma o autarca acredita que se “cria um sentido de pertença, em que as pessoas se sentem próximas e cuidam dos espaços como se fossem deles. E são”, afirma.
Sob o lema ‘Em cada lugar um recanto’, o edil afirma que é objectivo do executivo “criar um ponto de encontro nas aldeias mais populosas, para que, como se fazia antigamente, os residentes tenham um espaço, preferencialmente no centro do lugar, onde se possam juntar, conviver e até recriar tradições”. Jorge Cancelinha revela ainda que será “feito um grande trabalho de recuperação do espaço envolvente à Lagoa do Pito, que tem um belíssimo espelho de água”.
Ainda no que diz respeito aos nichos oratórios, “vamos continuar a realizar esses trabalhos sempre que identificarmos espaços que necessitem de intervenção”, garante o autarca enquanto explica que “após os primeiros trabalhos de recuperação muitos foram os fregueses que nos procuraram e que identificaram outros espaços que também precisam de intervenção”. Alguns deles “desconhecidos por nós, até então”.
E numa altura em que tanto se fala na falta de recursos hídricos, Jorge Cancelinha revela que já foram, também, intervencionados quatros fontanários na freguesia, “dois na vila de Ansião, um em Lagar e outro na Torre”, mas “está prevista a requalificação de mais cinco ou seis pontos de água”, que apesar de não estarem operacionais para consumo humano, “podem ser utilizados na rega, para lavar ou até mesmo para dar aos animais”. Desta forma, “transmitimos uma mensagem de que a água não é um recurso infinito, que deve ser utilizado de forma inteligente e que devemos aproveitar todos os recursos que temos à nossa disposição”.
Lixo NÃO! Junta disponível para recolher resíduos
Ainda na senda da “freguesia limpa, cuidada e acolhedora”, Jorge Cancelinha admite que se deparou com um “cenário lamentável” em alguns pontos do território, com “pneus, monos e muito lixo” deixado ao abandono em “matas, lagoas, cursos de água e em terrenos públicos e privados”.
Nos últimos meses, os colaboradores da Junta têm vido a realizar um “profundo trabalho de limpeza”, no entanto “é necessário que a população esteja sensibilizada para este tipo de crimes ambientais.
Não podemos definir um dia no ano para fazer trabalhos de limpeza no concelho, tirar uma fotografia e achar que está tudo resolvido”. Este é “um trabalho moroso, que exige dedicação e também educação ambiental”. Assim, o autarca lança o apelo para que a população não deposite lixo, entulho ou monos fora dos locais apropriados e relembra que a Junta de Freguesia de Ansião está disponível para recolher, gratuitamente, esse tipo de resíduos. Afinal, “não há justificação para alguém tratar tão mal a nossa natureza”, remata.
ANA LAURA DUARTE
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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