Numa das últimas visitas a Penela, fiz, ou melhor, tentei fazer uma visita ao Castelo, monumento nacional que constitui a imagem de marca de um município que soube, no seu devido tempo, criar valor a partir de um ícone diferenciador que encima um casario que graças à visão de vários autarcas, a começar por Coelho Silva e Fernando Antunes, foi preservado e constitui por isso, um património diferenciador e encantador.
Penela, em tempos mais recentes, marcou o seu posicionamento regional à volta do seu património histórico e natural, nomeadamente através dos seus dois castelos (Penela e Germanelo), vestígios arqueológicos romanos e as serras de calcário de Sicó e do xisto da Serra da Lousã/Espinhal. Por isso, Penela fez ou faz parte de redes de castelos, de património romano e de aldeias de xisto e de calcário. Por isso, Penela não pode ter o seu Castelo em obras há mais de dois anos.
Bem sei que as obras ainda foram iniciadas no anterior mandato, bem sei que o executivo camarário mudou, mas também sei que não é plausível que a burocracia, a falta de força política, o desmazelo ou qualquer outra razão, faça parte do quotidiano daquela vila medieval.
Quem não cuida ou não é capaz de tratar do que se manifesta como prioritário, no mínimo, tem de o justificar perante os seus concidadãos e milhares de turistas que se deparam com um castelo “apagado” e “condicionado”. Independentemente das causas ou de heranças que até podem não ser benéficas, quase doze meses de mandato seria tempo mais do que suficiente para se resolver um problema e fazer prova que afinal este executivo conseguiria corrigir eventuais erros do passado. Estamos a falar de uma obra que teve uma interrupção provocada pela exigência de um estudo sobre segurança de um determinado acesso e que, quase um ano e meio depois, continua a impedir devolver às pessoas, um espaço público carregado de simbolismo.
Fica esta intervenção cívica que certamente deverá ser comum à opinião da grande maioria das pessoas, independentemente de opções partidárias que nem sequer são para aqui chamadas. Trata-se tão somente de cidadania e preocupação com o marasmo e com a falta de sentido de prioridade. Porque quando há prioridade, as coisas sempre se resolvem no tempo certo.
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