Tita, ex-atleta do Clube Condeixa e antiga internacional portuguesa, entretanto retirada dos relvados, revelou hoje que também foi vítima de assédio sexual enquanto jogava futebol.
Numa altura em que o caso que envolveu o treinador Miguel Afonso e a equipa de futebol feminino do Rio Ave, está na ordem do dia, Ana Lopes, Tita no mundo da bola, assegura que o autor foi outro e que não denunciou a situação até agora por falta de provas.
“Com esta publicação hoje assumo publicamente que também eu já fui vítima de assédio sexual enquanto jogava futebol (não pelo Miguel, há outros…) e que até hoje não tomei as medidas necessárias por falta de provas, sob pena de ser julgada por difamação, mas ainda assim, agora mesmo farei uma denúncia”, escreveu nas redes sociais a ex-jogadora, natural de Pedrogão Grande.
Tita sugere “a quem ainda está no activo e faz desta modalidade a sua profissão ou um estilo de vida, que se orgulha do percurso, como juntas fizemos crescer o futebol feminino, que possa repensar nos seus actos”.
“Haverá quem concorde com o digo, outras que não, mas neste tipo de casos a minha visão é esta: ficar calada ao ter conhecimento de causa de colegas que passam por estas situações é compactuar com quem exerce assédio. Não se pronunciar sobre o assunto, sabendo e tendo conhecimento real de provas, é também compactuar e dar asas a que histórias assim se repitam”, pode ler-se na publicação da ex-atleta.
Tita, de 33 anos, terminou a carreira no fim da época passada, ao serviço do Torreense, após passagem por Cadima, Atlético Ouriense, Ferreirense, Benfica e Clube Condeixa.
Várias futebolistas que alinharam no Rio Ave em 2020/21 denunciaram, numa notícia publicada ontem pelo jornal Público, acções de assédio sexual do então treinador do clube de Vila do Conde.
De acordo com o jornal, Miguel Afonso, de 40 anos, terá trocado mensagens íntimas com jogadoras do emblema da Foz do Ave, com idades entre os 18 e 20 anos.
O treinador orienta esta época o Famalicão, clube que hoje o suspendeu até que seja “apurada” a verdade sobre o alegado assédio sexual.
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