O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) iniciou esta semana um projecto de formação em ciências informáticas para 10 professores de São Tomé e Príncipe, numa parceria com a universidade daquele país lusófono.
“A ideia é ter os professores santomenses habilitados para iniciarem as aulas de educação tecnológica com as crianças já no próximo ano lectivo”, afirmou hoje Mário Velindro, presidente do instituto de ensino superior português.
Ministrado por dois formadores nacionais, que se encontram em São Tomé e Príncipe, o curso intensivo de especialização tem a duração de 15 dias e vai preparar dez professores para leccionarem aulas de iniciação à informática a 600 crianças do ensino básico no próximo ano lectivo, que começa já em Setembro.
O projecto liderado pelo ISEC foi um dos cinco programas sociais, entre mais de cem concorrentes, que venceram um concurso de responsabilidade social lançado pela companhia petrolífera British Petroleum (BP), que apoia o projecto com 270 mil euros.
“Este programa tem como objectivo preparar alunos do ensino básico para criarem conceitos matemáticos e computacionais básicos, através de programas informáticos de uso comum”, salientou Mário Velindro.
O presidente do ISEC salientou que, “num mundo cada vez mais digital, importa dotar as crianças desde muito cedo com competências digitais, para que estas sejam bem-sucedidas, tanto ao longo do seu percurso escolar, como, mais tarde, no mercado de trabalho”.
Segundo o dirigente, os dez professores africanos estão a ser formados de acordo com conteúdos programáticos desenvolvidos e seleccionados pelo ISEC e pela Cooperativa ME, sua parceira, “que se dedica ao sector social e educativo e da qual são oriundos os dois profissionais que estão a dar formação em São Tomé”.
Para Mário Velindro, a iniciativa vai ao encontro de um dos grandes objectivos do ISEC, que é “reforçar a sua internacionalização”.
“Correndo bem esta parceria com a Universidade de São Tomé e Príncipe – como acreditamos que irá correr – será depois mais fácil replicá-la com outros parceiros de países lusófonos, com os quais temos a vantagem de falar a mesma língua”, realçou.
O ISEC está também a desenvolver projectos de capacitação em Angola e em Cabo Verde, que vão proporcionar a mobilidade de estudantes e de docentes, bem como o desenvolvimento conjunto de projectos de investigação e de capacitação.
“Desta forma, estaremos a colocar o conhecimento produzido e desenvolvido nos nossos departamentos ao serviço da sociedade portuguesa e das sociedades dos países lusófonos”, sublinhou Mário Velindro.
Lusa
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