O Município de Pombal alertou esta manhã para o agravamento da situação em algumas zonas das aldeias de Caseirinhos e Barrocal e assume “máxima preocupação”.
A autarquia apela ainda às populações das aldeias atingidas para que “mantenham a calma e sejam vigilantes, evitando comportamentos de risco”.
“Todos devem cumprir escrupulosamente as orientações das autoridades de segurança e protecção civil que se encontram no local, tendo como principal prioridade a protecção das pessoas”, destaca ainda o comunicado.
De acordo com os dados disponíveis no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), o fogo que teve início na sexta-feira às 14:50 em Vale da Pia, no concelho de Pombal, era às 07:00 o que mais meios mobilizava, com 466 operacionais e o apoio de 127 veículos.
Dois incêndios em Vale da Pia e em Barrocal-Sicó eram às 08:30 os que mais preocupavam os bombeiros, podendo nas próximas horas juntarem-se meios aéreos no combate, disse à Lusa fonte da protecção civil.
“Neste momento temos duas ocorrências a causar mais preocupação, em Vale da Pia e Barrocal-Sicó. Na serra do Sicó temos duas frentes, uma em combate e outra arde livremente em zona de difícil acesso e, por isso, vamos mobilizar assim que for possível os meios aéreos”, disse à Lusa o oficial de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).
Segundo Rodrigo Bretelo, o incêndio que deflagrou na sexta-feira em Barrocal-Sicó, Pombal, mobilizava 132 operacionais, incluindo grupos de reforço de Lisboa, Coimbra e Portalegre, com o apoio de 40 veículos.
“Em Vale da Pia, o incêndio está dividido em quatro sectores, dos quais três estão em consolidação e um encontra-se activo em cerca de 30% da sua área. Estão mobilizados no combate 466 operacionais, com 127 veículos”, referiu.
Rodrigo Bretelo justificou a preocupação com este incêndio com as grandes dimensões e porque está activo desde sexta-feira, tendo sofrido várias reactivações. “As temperaturas que nos esperam hoje são mais reduzidas, mas preocupam na mesma, temos parca humidade com valores na ordem dos 5%, o que não facilita o combate e os operacionais no terreno”, disse.
Recorde-se que num balanço provisório efectuado na manhã de ontem (13), a Câmara estimava que a “área ardida seja superior a 1.600 hectares, registando-se inúmeras habitações destruídas e várias localidades sem fornecimento de energia eléctrica”. “Havia a contabilização de cinco feridos civis, um com gravidade, e sete operacionais feridos, devido essencialmente a golpes de calor e exaustão. Alguns regressaram já ao teatro de operações”, lê-se ainda no documento.
Foto: Sérgio Cruz
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM