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Coimbra: ISEC coloca futuros biomédicos em empresas antes do fim do curso

21 de Julho 2022

Os futuros engenheiros biomédicos do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vão para empresas antes de acabarem o curso, iniciativa que “constituirá uma enorme vantagem competitiva”.

A nova licenciatura em Engenharia Biomédica do ISEC, que arranca no ano lectivo 2022-2023, “vai ter uma componente prática, laboratorial e de ensino em ambiente real de trabalho, que colocará os seus estudantes no mercado ainda antes de concluírem o curso”.

Segundo o ISEC, no último ano da licenciatura “será feito um estágio em empresas da indústria médica, o que constituirá uma enorme vantagem competitiva para os futuros engenheiros biomédicos”.

“A Engenharia Biomédica do ISEC vai distinguir-se por um permanente contacto dos estudantes com as tecnologias de ponta e com a inovação médica, por uma componente prática muito superior à de outros cursos e, sobretudo, uma ligação muito precoce entre os alunos e a indústria para onde irão trabalhar”, afirmou Milton Macedo, docente e investigador do ISEC e director da licenciatura em Engenharia Biomédica.

O responsável adiantou que “os futuros engenheiros irão aprender, desde muito cedo, a fazer modelação e simulação, desenvolvimento de próteses, aplicação de técnicas de inteligência artificial na análise de dados e na avaliação de bio-sinais”.

“Vamos preparar futuros engenheiros que serão muito competitivos para a indústria médica nacional e europeia”, afirmou, por sua vez, Mário Velindro, presidente do ISEC.

Na opinião do responsável, “existe uma grande procura no mercado de engenheiros biomédicos com valências e conhecimentos na produção de próteses, instrumentos médicos, equipamentos de diagnóstico e aplicações bioinformáticas”.

“O problema é que, noutros cursos, os licenciados saem sem prática de produção industrial ou de manuseamento de dispositivos e de ‘softwares’. Aqui, vamos colmatar essa lacuna e dar-lhes experiência prática nas áreas da reabilitação e da imagiologia médica, por exemplo”, concluiu o presidente do ISEC.

Para além da entrada directa nos mercados nacional e internacional, os responsáveis do ISEC vaticinaram que muitos dos futuros engenheiros avancem para a investigação e para novos ciclos de estudos, enquanto outros se sentirão tentados a empreender e a criarem ‘start-ups’ com novos produtos para o sector.

O docente e investigador Milton Macedo reconheceu que “o contacto precoce com tecnologia de ponta costuma estimular os estudantes desde cedo para a investigação pura ou aplicada”.

“Verificamos no ISEC que isso os torna habitualmente mais empreendedores no desenvolvimento de projetos empresariais, através de ‘start-ups’. Ou, então, vocaciona-os para serem membros de equipas de investigação em ambiente académico”, justificou.

O director da licenciatura em Engenharia Biomédica está certo de que isso acontecerá, “mal os alunos comecem a contactar com as empresas onde irão fazer o seu estágio de final de curso”.

Os laboratórios instalados no ISEC servirão de apoio ao novo curso de Engenharia Biomédica, desde o de Biomecânica Aplicada ao de Computação de Elevado Desempenho, passando pelo FIKALAB, um laboratório da Critical Software que desenvolve e testa projetos em áreas transversais envolvendo a robótica, a instrumentação e a programação.

Lusa


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