“Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito”, diria José Cid, mas o que ele não sabia é que em Meirinhas não lhe dedicaram só um prato mas um festival onde pode provar um rol de iguarias em que a fava é sempre rainha. De 13 a 15 de Maio, as várias associações e colectividades vão colocar a mão na massa e preparar cerca de 1.000 quilos de favas, produzidas localmente de forma sustentável e ecológica.

“Toda a fava que aqui vai ser confeccionada e consumida foi produzida pelas gentes de Meirinhas, quer em hortas comunitárias, quer por voluntários que disponibilizaram os seus terrenos e até micro produtores da freguesia”, disse ao TERRAS DE SICÓ João Pimpão, presidente da Junta de Meirinhas, frisando que também os seniores, as crianças e jovens estiveram envolvidos no processo, aquando da apanha e o debulhar da fava, sublinhando que “este é um festival participativo e comunitário”, onde todo o dinheiro angariado será “igualmente distribuído por todos os que estiveram envolvidos porque sem a sua contribuição, sem o seu trabalho e empenho, nada disto seria possível”.

Contudo, desengane-se quem pensa que durante estes três dias pode apenas provar os pratos, pode também aprender a fazê-los com os showcooking programados.

“Vamos ter o chef Flávio Silva, formador na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, e o chef que acompanhou em 2018 a selecção nacional de futebol ao Mundial na Rússia, a fazer vários showcookings durante a tarde de sábado. Durante as suas apresentações, o chef convidado ensinará a cozinhar, e a combinar, a fava com o ovo, por exemplo”, contou ainda o autarca.

O festival terá ainda uma mostra de artesanato, animação musical e uma caminhada marcada para a manhã do último dia.

João Pimpão garante que “quem nos vier visitar encontrará aqui boa disposição e pratos de elevada qualidade gastronómica. Estou certo de que quem venha não se irá arrepender porque passará um bom bocado”.

“Este é um festival dedicado à ruralidade da nossa freguesia, onde nos preocupámos em dar um novo ânimo à agricultura ao envolver todos os meirinhenses. Sabemos que o que fazemos é bom e que a forma como o fazemos é, de facto, inédita”, concluiu.

RUTE AZEVEDO SANTOS

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]