O regresso das comemorações para o 110.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Pombal, num programa marcado para o próximo dia 14, “muito semelhante ao que acontecia antes da pandemia” e que permitirá que decorram as “tradicionais atribuições de medalhas de antiguidade de serviço e as promoções de carreira dos nossos bombeiros”.
A par das distinções feitas pela própria associação humanitária, também a Câmara Municipal decidiu “reconhecer e distinguir os bombeiros do corpo activo pelo seu serviço prestado à comunidade durante o período da pandemia”, com a atribuição de uma medalha de mérito.
“O desfile que costumávamos fazer não se irá realizar porque estamos muito limitados na questão do tempo devido às distinções de antiguidade, às promoções e à atribuição da medalha de mérito por parte do município”, esclareceu Sérgio Gomes, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal, frisando que as distinções são “no fundo, um reconhecimento e agradecimento pelo seu papel, sobretudo durante estes dois anos”.
Quanto ao futuro, Sérgio Gomes admite que o serviço de transporte de doentes possa estar em risco por não conseguirem captar bombeiros, porque “os valores que lhes são pagos são muitos baixos”.
“Os bombeiros que fazem o transporte de doentes são funcionários da associação e os recursos humanos que temos são escassos porque é difícil para nós competir com outros valores que existem no mercado. As pessoas fazem contas e só quem gosta mesmo disto é que se mantém”, afirma o dirigente, sublinhando que “deveria existir a nível nacional um contrato colectivo de trabalho que regulasse a carreira dos bombeiros profissionais que trabalham para as associações”.
No entanto, o presidente garante que a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil se encontra cada vez mais ‘desperta’ para estas questões, reforçando as corporações com as Equipas de Intervenção Permanente (EIP).
“Em Pombal já temos duas equipas, ambas com cinco elementos, sendo que a última EIP foi constituída em 2021. A nossa terceira equipa está já em fase de constituição, o que faz de nós a primeira corporação do distrito de Leiria, e até do país, a ter uma terceira EIP. Queríamos abrir cinco novos postos de trabalho, mas já percebemos que não será fácil. A opção passa por alocar três bombeiros nossos e abrir dois novos postos”, adianta ainda Sérgio Gomes.
RUTE AZEVEDO SANTOS
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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