O festival Ti Milha está de regresso a Ilha, no concelho de Pombal, após dois anos de interregno, com um cartaz que contempla, pela primeira vez, bandas internacionais.
Entre 22 e 24 de Julho, actuam no Parque de Merendas da Ilha os franceses Hypnolove, os são-tomenses África Negra e o projecto luso-angolano Throes+The Shine. A organização anunciou ainda os nacionais Baleia Baleia Baleia, Motherflutters, Omiri, Inês Apenas e Yazukee, numa programação mais ambiciosa do que em edições anteriores, avança o director do Ti Milha.
“Procurámos regressar mais fortes e internacionalizámo-nos. Apostámos um bocadinho mais no cartaz, tanto em termos de bandas como de actividades que compõem o programa”, explica à agência Lusa David Gomes.
A organização assume “alguma ansiedade e expectativa” nesta edição: “Dois anos depois, há um misto de nostalgia, alegria e algum receio. Mas acima de tudo uma grande vontade e felicidade por proporcionarmos aquilo que é o Ti Milha”, sublinha.
O Ti Milha apresenta-se como sendo “mais do que um festival de Verão”, porque reflecte “a identidade da Ilha”, um contexto com “pessoas muito comunitárias, espírito comunicativo, grande entreajuda e muito festivas”.
“Tudo isso está muito explícito no espírito que se vive no evento. Embora seja um festival pequeno, não queremos que seja apenas música, mas que dê mais do que isso às pessoas, que seja uma experiência diferente”, conta o organizador,
A paisagem definida pelas árvores, relva e lago do parque de merendas também contribui para o espírito que se vive no festival, em que a organização – Associação Recreativa e Cultural de Promoção Social (ARCUPS) – procura cruzar a realidade local, mais rural, com propostas culturais que surgem de fora.
“Tentamos fazer algo diferente e desafiar a comunidade de cá, com o que há no mundo, o que é inovador, aquilo com que nos identificamos”, justifica David Gomes, considerando que a fórmula tem resultado.
“As pessoas sentem-se identificadas”, diz, registando o crescimento ano após ano. “Temos criado algum burburinho e as pessoas já reconhecem o festival”, nota o organizador, lembrando que, na edição anterior, juntaram-se na aldeia da Ilha cerca de três mil espectadores.
A dois meses e meio de mais uma edição, David Gomes espera novo passo em frente para o Ti Milha. “A ambição não é tornarmo-nos, no curto prazo, num mega festival. Mas gostávamos de ser uma referência regional. Queremos por a Ilha no mapa e darmo-nos a conhecer ao mundo”, concluiu.
LUSA
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