Textos do escritor Fernando Namora e obras do pintor Manuel Filipe envolvem-se mutuamente numa exposição que a Câmara de Condeixa vai inaugurar amanhã, Dia Internacional dos Museus.
Intitulada “Filhos de uma terra de artistas”, a exposição “cruza dois olhares que vêem o mesmo mundo e o retratam com a mesma força”, refere a autarquia, indicando que a pintura de Filipe estará ao longo de cinco meses “em estreito diálogo com a narrativa” de Namora.
O professor Manuel Filipe (1908-2002) e o médico Fernando Namora (1919-1989) nasceram em Condeixa, onde há cinco anos entrou em actividade o Museu Portugal Romano de Sicó (PO.RO.S), em cuja Sala de Exposições Temporárias as pinturas de um, acompanhadas de excertos da prosa do outro, poderão ser apreciadas até 2 de Outubro.
“Num tempo histórico-político conturbado, com uma crise económica e com sistemas políticos totalitários instaurados, surge um movimento artístico e literário intitulado neorrealismo. Falamos da década de 40 do século XX”, afirma a Câmara Municipal, presidida por Nuno Moita.
Em Portugal, o movimento neorrealista “destaca-se nas mais variadas áreas”, sendo Manuel Filipe e Fernando Namora “duas das figuras que o marcam”, na pintura e na literatura, respectivamente.
“Pedimos emprestada a Fernando Namora a expressão ‘filhos de uma terra de artistas’, que o próprio usa numa homenagem que lhe é dirigida, referindo-se a Manuel Filipe e tantos outros condeixenses que parecem esquecidos”, explica a autarquia.
LUSA
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