O Coimbra iParque elegeu hoje o empresário Ricardo Lopes como presidente do conselho de administração para o próximo triénio, sucedendo a Victor Baptista, que estava em funções há cerca de três anos, foi hoje anunciado.
O conselho de administração do parque tecnológico é ainda constituído pelos vogais João Dória e Catarina Esteves, informou, em comunicado, o município de Coimbra, principal accionista do Parque de Ciência e Tecnologia (iParque).
Além de empresário, o novo presidente é professor convidado de empreendedorismo e inovação em instituições de ensino superior e, até à data, líder de bancada do PSD na Assembleia Municipal de Coimbra.
“Coimbra precisa de um iParque cheio de empresas e com milhares de trabalhadores, pelo que será um polo importante e fundamental para o desenvolvimento do concelho”, refere o presidente da Câmara de Coimbra, justificando a escolha dos nomes do novo conselho de administração com “o perfil certo para encarar este importante desafio”.
O autarca José Manuel Silva considera que “Coimbra volta a ser olhada como polo de destino e procura de empresários nacionais e internacionais” e o iParque “é uma potencial opção” para os interessados em investir na região.
“Coimbra precisa de se desenvolver através da captação de mais investimento e mais empresas, capazes de gerar mais ofertas de trabalho, para conseguir reter o talento que é formado, todos os anos, nas diferentes instituições de ensino e formação que existem na cidade”, salienta o novo presidente.
Para Ricardo Lopes, “Coimbra tem de se unir para assumir uma posição de liderança na inovação em ciência, tecnologia e saúde – áreas chave que definiram o projecto e o investimento público no iParque”.
Na assembleia geral de hoje, que contou com a presença do presidente da Câmara, os accionistas aprovaram, por unanimidade, o relatório de contas de 2021 e atribuíram um voto de louvor à anterior administração.
O economista Victor Baptista, que já foi governador civil de Coimbra, salientou que nos últimos três anos foi possível recuperar financeiramente o parque tecnológico e baixar o passivo em 3,65 milhões de euros, invertendo também o ciclo de prejuízos nos anos de 2019 e 2020.
Victor Baptista recordou que, quando assumiu a presidência, existia uma deliberação dos accionistas para a dissolução do iParque em virtude dos “sucessivos prejuízos e excessivo endividamento”, situação que a sua administração “conseguiu resolver”.
O ex-administrador salientou ainda o lançamento do concurso público para a expansão do parque de ciência e tecnologia em mais 12 hectares, com a infra-estruturação de sete novos lotes, num investimento global que ultrapassa os dois milhões de euros, já com aproximadamente 200 mil euros destinados à aquisição de terrenos.
O presidente cessante do iParque salientou ainda o arranque, no seu mandato, da instalação de três grandes empresas – Olympus Medical Portugal, TIS (Technological and Intelligent Systems) e Sanfil Medicina – que representam entre 40 e 50 milhões de euros de investimento.
Quando estas empresas entrarem em actividade, o que se prevê ainda no primeiro semestre deste ano, o iParque deverá acolher cerca de 800 trabalhadores, número que até ao final do ano deverá subir até um milhar.
LUSA
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