O Plano Municipal de Fomento da Floresta Autóctone da Câmara de Pombal, que está em discussão pública, prevê a plantação de 27 mil espécies autóctones por ano no concelho, aumentando a biodiversidade e a protecção contra incêndios.
“Isto é um plano a dez anos. O Município de Pombal ambiciona intervencionar 300 hectares, com a plantação de 27 mil espécies autóctones, por anos. Pretendemos atingir um total de 3.000 hectares e as 270 mil espécies até à vigência deste plano, em 2031”, disse à Lusa a vereadora com o pelouro do Desenvolvimento Rural e Floresta, Catarina Silva.
Segundo a autarca (PSD), a “novidade” e o “maior desafio” deste plano é “sensibilizar os proprietários florestais” a aderirem às espécies autóctones quando foram fazer a “reconversão de povoamento de eucalipto ou de espécies lenhosas invasivas”.
O Município de Pombal vai realizar acções de sensibilização, informando a disponibilidade da câmara para apoiar os proprietários, assumindo a atribuição das espécies e a parte logística.
“Se o terreno não estiver registado, vamos também auxiliar que seja feito no BUPi [Balcão Único do Prédio]”, o que irá também para contribuir para melhorar o cadastro florestal, admitiu Catarina Silva.
A vereadora explicou à Lusa que a proposta do Plano Municipal de Fomento da Floresta Autóctone em discussão tem como objectivos “aumentar a biodiversidade florestal, aumentar a resiliência dos ecossistemas florestais com espécies mais resistentes, quer a intempéries quer aos incêndios, diminuir a perigosidade e o risco de incêndio florestal e aumentar a protecção dos edificados e da rede viária”.
“Propomo-nos substituir as espécies actuais por outras mais resistentes nas áreas das faixas de gestão de combustível, que protegem os aglomerados populacionais e as áreas industriais, assim como as faixas que fazem a protecção à rede viária florestal e as faixas de gestão de protecção ao edificado disperso e a estrutura ecológica municipal”, acrescentou.
Catarina Silva reforçou que o documento evidencia a “preocupação em mudar a paisagem e incentivar o proprietário florestal”. “Não estamos a falar dos produtores, porque esses vivem da floresta e é difícil ter rendimento mais imediato com as espécies autóctones, mas dos proprietários que, por vezes, pretendem ter os terrenos ocupados sem pressa de tirar rendimento”, adiantou.
A autarquia, presidida por Pedro Pimpão (PSD), pretende adquirir espécies como azinheiras, sobreiros, freixos, carvalhos, pinheiros manso, medronheiros e outras folhosas.
Segundo o aviso publicado em Diário da República (DR), no dia 14 de Abril, a discussão pública decorre durante 30 dias, período durante o qual os interessados poderão proceder à apresentação de sugestões.
LUSA
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