O juiz de instrução do Tribunal Judicial de Leiria decretou hoje a prisão preventiva às três mulheres suspeitas da prática de 12 crimes de furto no distrito de Leiria, detidas pela PSP, disse à Lusa fonte policial.
As arguidas, com idades entre os 18 e os 25 anos, foram detidas na segunda-feira, em Aveiro, fora de flagrante delito, pela prática de crimes de furto qualificado, quando se preparavam para abandonar o país, disse fonte da PSP à Lusa.
As detidas foram hoje presentes ao juiz de instrução criminal, que aplicou a medida de coacção de prisão preventiva.
“No decurso de uma investigação que dura há cerca de um ano, foi possível apurar que o grupo agora detido se dedicava à prática de furtos em residências. Depois de seleccionadas as residências alvo, as suspeitas, aproveitando a ausência dos proprietários, introduziam-se no interior das mesmas, sem provocar qualquer dano, e subtraíam, essencialmente, objectos em ouro e numerário”, refere um comunicado do Comando Distrital de Leiria da PSP divulgado na terça-feira.
Segundo a PSP, as suspeitas “denotavam um elevado grau de organização”, adoptando diversas medidas em vista à sua não identificação ou localização por parte das autoridades.
Na sequência da operação, foram apreendidos cerca de 3.000 euros em numerário, várias peças em ouro, algumas chaves de residências e de viaturas, várias moedas de colecção e a viatura em que se faziam transportar.
À agência Lusa, o comissário André Serra explicou que as mulheres, estrangeiras, são suspeitas de 12 furtos.
“Com os objectos recuperados, as suspeitas podem vir ainda a ser associadas a outros furtos”, disse o comissário da PSP.
Sobre o modo de actuação, André Serra afirmou que “faziam vigilância e observavam o comportamento das pessoas, aproveitando quando não estava ninguém em casa e a porta estava no trinco e não fechada à chave” para concretizar os furtos.
“Observavam e certificavam-se de que ninguém estava em casa tocando à campainha”, declarou, acrescentando que a investigação da PSP prossegue.
André Serra aconselhou os cidadãos a “trancarem sempre a porta com as voltas todas da chave” e, em caso de suspeita de furto, chamar sempre a polícia.
No caso de irem de férias, o comissário recomendou às pessoas que “minimizem ao máximo os sinais de ausência”, pedindo, por exemplo, a alguém que recolha a correspondência e que possa ir a casa ver se está tudo bem.
O comissário pede ainda que os cidadãos digam ao menor número possível de pessoas que se vão ausentar.
LUSA
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