Os “Dias Templários” voltam amanhã, sábado (19), a reinar em Soure, com recriações históricas, debate temático, apresentação de um livro e música, numa iniciativa que surge pelo segundo ano consecutivo e integra a estratégia municipal de “aproximação à rede templária internacional”.

A data de 19 de Março é histórica para a vila, pois foi nesse dia, em 1128, que a condessa D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, doou o Castelo de Soure à Ordem dos Templários.

“É uma data que o município pretende afirmar, criando uma dinâmica de habituação e de identificação, com a recriação histórica, sendo parceiros na temática templária da Associação de Turismo Militar Português, associação Thomar Honoris, de alguns outros municípios e também de algumas representações consideradas ordens templárias”, adianta o presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes.

Soure está já integrado na rede nacional dos municípios templários, aspirando agora a chegar à rede internacional.

“Pretendemos que com este envolvimento, Soure possa usufruir, nem que seja de uma pequena fatia, de toda a dinâmica que a temática templária já tem”, sustenta o autarca.

Em curso está o projecto de criação de um museu templário em Portugal, a sediar em Tomar, e que pode vir a ter uma ramificação em Soure. “A nossa ambição num futuro muito próximo é criar um pólo do museu, aproveitando o centro interpretativo da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego para albergar uma parte do vasto espólio e património a inventariar e a preservar”, revela o autarca.

Dia templário

A bandeira templária será hasteada no castelo de Soure, amanhã, pelas 11h00, dando início a um programa que contará ao longo do dia com a recriação de actividades como a esgrima histórica, arco e besta, mostra de ofícios e dança medieval, e mostra de produtos endógenos locais no “acampamento militar”.

À tarde, depois de um momento institucional com a assinatura de um protocolo de cooperação entre Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém e Instituto Superior de Ciências Educativas do Douro, terá lugar, pelas 15h00, a apresentação do livro “Usos e cerimónias da nossa Ordem de Cristo”, da autoria de José Medeiros.

Uma “tertúlia no acampamento” vai debruçar-se sobre Soure o mapa templário, com a participação de Mário Jorge Nunes, Teresa Pedrosa, Luís Mota Figueira e José Medeiros.

À noite (21h00), a Praça da República recebe o espectáculo ‘Armis Muros’, dinamizado pela Banda do Cercal. “Trata-se da repetição do concerto que a Banda do Cercal realizou a 5 de Outubro passado. É um grande espectáculo, todo ele produzido em Soure, desde a concepção da obra, pelo compositor Joel Cura, à interpretação da Banda do Cercal, com a colaboração de grupos de gaiteiros, grupos de música tradicional, entre outros”, explica o presidente da autarquia, sublinhando que a actuação envolve perto de uma centena de participantes.

“É uma obra única concebida para a recriação histórica daquilo que foi Soure na época medieval, nomeadamente no período em que durante cerca de 100 anos os templários estiveram no território”, refere Mário Jorge Nunes.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]