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Penela: Bienal de Humor olha para importância do mundo animal no planeta

20 de Março 2022

Os animais, o homem e o planeta são o mote para a oitava edição da Bienal de Humor Luíz d´Oliveira Guimarães a realizar no Espinhal, com entrega dos trabalhos concorrentes a decorrer até 15 de Maio próximo e perto de seis mil euros em prémios para atribuir.

O evento é mais uma vez uma organização conjunta da Câmara de Penela, Junta de Freguesia do Espinhal e Casa Museu Oliveira Guimarães.

“O que queremos dos artistas participantes desta Bienal é que nos façam rir, ou sorrir, às vezes até chorar, em zoomorfismos, antropomorfismos, ironias, fábulas, apologistas, máximas gráficas, sátiras e caricaturas do que está acontecendo neste animal universo no planeta Terra. Que falem sobre os ‘animais políticos’ que conhecem, os animais domésticos com quem partilham as alegrias e as tristezas, e as preocupações que devemos ter em relação ao futuro dos ‘animalites’, da mãe Gaia, ou seja, do planeta Terra”, referem os promotores.

Luíz d’Oliveira Guimarães, patrono do evento, era um amante dos animais. Como ele mesmo confessou um dia: “Tenho um diploma que gosto muito, o de membro honorário da Liga de Protecção Animal. Adoro animais. Eles são a minha coisa favorita na vida”.

Ao longo da vida, conta a família, também ela interessada por animais, acabaria por albergar vários companheiros em casa, quer na Quinta do Castelo no Espinhal, quer na sua residência em Lisboa. De um burro que lhe foi oferecido aos oito anos, a um papagaio, um galo treinado, que andava sobre um arame, e gatos. No mundo canino, a cumplicidade não ficaria atrás com as duplas Sansão e Dalila, Romeu e Julieta, Marte e Diana ou Raposão, mas Draga, um Serra da Estrela que até teve o privilégio de dormir no seu quarto, acabam sendo os mais apreciados.

Educado entre o campo e a cidade, Luíz d’Oliveira Guimarães tinha uma consciência animal mais humanista, conhecendo e aceitando a condição dos outros animais como “comida”, como “escravos” no trabalho, como companheiros, mas também uma consciência da obrigação de ser bem tratado, preocupação que não era normal e defendida na sociedade da época.

“Vivemos outros tempos. Cada vez mais, temos consciência do mal que a humanidade faz ao mundo, à natureza, sabendo que se não os protegermos e os amarmos, nos mataremos”, realça a organização no texto de apresentação da iniciativa, enfatizando que “olhar para os animais é perceber o que estamos fazendo a nós mesmos. Para cada um que se extingue, uma parte de nós se extingue, como um elo inseparável com Gaia, ligado à natureza, ao planeta, num suicídio lento e inconsciente”.

Para profissionais e amadores

Artistas gráficos “com humor, profissionais ou amadores” podem concorrer até 15 de Maio, com trabalhos em cartoon ou caricatura, a enviar para humor-grafe@hotmail.com, que serão avaliados por um júri. O prémio para os três primeiros classificados terá o valor monetário de 2.000, 1.500 e 1.000 euros, respectivamente, sendo ainda atribuído um prémio de 1.200 euros à melhor caricatura.

“Mais importante que os prémios é ter voz, expressar seu humor, as suas ideias irreverentes em comunhão com a comunidade”, afirmam os organizadores.

Com direcção artística de Osvaldo Macedo de Sousa, a Bienal de Humor será inaugurada a 3 de Setembro, no Centro Cultural do Espinhal, com a exposição dos trabalhos seleccionados e a apresentação do catálogo deste evento de cariz internacional.

[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]


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