Acabada de nascer, a Associação Memória Avelarense (A.M.A.) quer “resgatar e divulgar os elementos constitutivos da identidade cultural avelarense” reaproximando os que “da vila foram saindo”.
“É cada vez mais urgente preservar a memória avelarense e as coisas que se vão perdendo, como a história da vila. Conservar tudo aquilo que realmente nos pode definir enquanto avelarenses e que vimos ser urgente preservar e manter”, explica Manuela Marques, um dos membros fundadores da A.M.A., acrescentando que “paralelamente, percebemos que esta era uma forma de juntar os avelarenses que daqui foram saindo e que havia gente interessada em que este contacto, esta reaproximação, acontecesse para assim partilharem todas as vivências que tiveram no Avelar”.
Mas e de quem partiu a ideia? Apesar de ser uma das fundadoras, Maria Marques reconhece que a ideia de se tornarem associação foi de José Maria Medeiros, mas que foram as conversas que tiveram entre todos os membros que deram força à ideia, “porque com o estatuto associativo temos outros recursos, outra possibilidade de realizar actividades e de dar fôlego a estes projectos que vão surgindo, do que se fosse algo sem qualquer estrutura. Precisávamos ter uma estrutura mínima por detrás disto tudo”, reconhece.
E se hoje são um pequeno grupo de 11 elementos, o foco nesta fase inicial é “divulgar a nossa associação e levar ao conhecimento do público a nossa existência, procurando assim cativar o interesse das pessoas para que estas se associem a nós”.
“Queremos aumentar o número de associados. Queremos pessoas que colaborem connosco através do pagamento de quotas e outras que colaborem, mesmo que não paguem quotas, com recolha de materiais, que façam investigação e que organizem actividades”, acrescentou.
A A.M.A., fundada no mês passado, pretende criar grupos de trabalho para a recolha e estudo de testemunhos orais e para investigar e inventariar documentos relevantes para a história avelarense, bem como criar um Centro de Documentação.
Na divulgação do património local está entre as pretensões da nova associação a promoção de encontros e conferências, a realização de exposições temáticas, a dinamização de uma página nas redes sociais e a criação de um sítio na internet que disponibilize um aquivo digital.
Ainda que estejam numa fase embrionária do projecto, a associação já se encontra a preparar actividades para este ano, tais como um passeio histórico-cultural pelas ruas de Avelar, uma exposição fotográfica alusiva ao tema Avelar – a terra e as gentes, um espectáculo evocativo dos forais e uma exposição sobre as Festas em Honra de Nossa Senhora da Guia, prevista para Setembro.
“Uma das nossas propostas é a recolha de material fotográfico relacionado com alguns temas para posteriormente fazermos algumas exposições. Entretanto fomos convidados pelo município para integrarmos o projecto Territórios de Pedra, enquanto agente mobilizador de pessoas, organizando um grupo. Este será um projecto que envolve também os municípios de Pombal e Figueiró dos Vinhos, onde iremos fazer apresentações desse trabalho comunitário nos três concelhos. E a primeira é já no Anjo da Guarda, em Ansião, a 8 de Maio”, revela Manuela Marques ao TERRAS DE SICÓ.
Quanto ao futuro, revelam ter a ambição de recolher toda a documentação relacionada com a vila para constituir um espólio que possa ser tratado e exposto publicamente.
RUTE AZEVEDO SANTOS
(Na foto: Raul Coelho, Filomena Baptista, Sónia Freire, Manuela Marques, Margarida Freire e Ana Isabel Marques (da esquerda para a direita, na 1.ª fila); Eduardo Rego, Raquel Silva, Amândio Godinho e José Maria Medeiros (2.ª fila) são os membros fundadores da A.M.A., juntamente com Adelino Freire ausente na foto)
[NOTÍCIA DA EDIÇÃO IMPRESSA]
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